Filme (La noche de 12 años) de 2018, ganhador de prêmios em diversos festivais, dirigido por Alvaro Brechner e estrelado por Antonio de la Torre, Chino Darín, Alfonso Tort. Um filme que mostra o quanto a intransigência pretende o fim da democracia, para que pessoas (intransigentes) concretizem todo o mal, perversidade, sadismo e vilania que compõem suas essências. Um sinal para a necessidade de lutarmos pela manutenção da democracia, das garantias e direitos fundamentais do homem, bem como, nunca esquecermos, que o silêncio significa cumplicidade quando o mal se encontra instalado. Na brilhante crítica de Francisco Russo: “”Qual é a minha sentença?” “Você irá senti-la na pele!” Assim como em vários outros países latino-americanos, o Uruguai teve uma ditadura militar que trouxe marcas indeléveis, na democracia e na sociedade. Sob o aspecto da perseguição e dos traumas impostos, Uma Noite de 12 Anos poderia perfeitamente se passar na Argentina ou no Brasil, por exemplo, já que o modus operandi é sempre parecido nos governos que abusam da força para impor alguma ordem. Entretanto, este não é propriamente um filme sobre os abusos cometidos, por mais que eles estejam escancarados a cada minuto. Este é um filme sobre não se entregar, por mais que não haja a menor perspectiva de mudança. A sobrevivência, por si só, já é uma vitória.” Um alerta para tempos obscuros que nos cercam.