“Nenhum homem é uma ilha, completo em si próprio; cada ser humano é uma parte do continente, uma parte de um todo.” (John Donne)
Nesses dias, tive uma aula, na graduação de Psicologia, onde o professor perguntou para a turma o que era ser um humano. Houve um silêncio geral. Para ele, ser humano é ser biopsicossocial. Se levarmos em conta o movimento do Humanismo, onde se deve valorizar o ser humano a condição humana acima de tudo, devemos dar atenção não só ao ser único, mas a sua relação com o próximo e com o seu bem estar físico. Generosidade e compaixão fazem parte da condição de ser uma pessoa humanista, mas se limita a pensar no próximo de forma caridosa. E a caridade não resolve, só remedia um estado de exclusão social. Para que a filosofia moral do humanismo faça sentido precisamos pensar o ser humano em seu bem-estar físico, psicológico e social. Apenas dar um prato de sopa não tira o frio da noite solitária e nem o qualifica para ser uma pessoa ativa e independente, trabalhando e se sustentando dignamente. O Humanismo nos afastou do Teocentrismo trazendo um sabor do Antropocentrismo, mas não deixou de terceirizar nossos problemas para um Deus superior que a todos cuida e que a todos provê. Precisamos nos responsabilizar por nossas ações e pelas ações que deixamos de fazer para ajudar ao próximo. A valorização do ser humano deve ser a prioridade, e toda a sua produção cultural compartilhada com a sociedade. Não somos uma ilha e precisamos evoluir em conjunto criando pontes.