Mais uma vez, Bukowsky nos brinda com um personagem (Henry Chinaski) no dilema da condição de ser impotente diante do destino que lhe está reservado. Tudo pode mudar, ou não? Nos Estados Unidos da recessão pós-1929, a realidade do personagem central é ser pobre, de origem alemã, ter muitas espinhas, um pai autoritário beirando a psicopatia, uma mãe passiva e ignorante, nenhuma namorada e, pela frente, apenas a perspectiva de servir de mão de obra barata em um mundo cada vez menos propício às pessoas sensíveis e problemáticas. Só resta esse caminho de submissão ao personagem?