2022 março

SEJA O QUE FOR, NÃO RADICALIZE!

“Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos.” (Luis Fernando Verissimo) Estamos vivendo, nos tempos atuais, uma era de busca de igualdade e respeito com mais lugar de fala do que em séculos atrás. Em cada esquina, em cada rede social ou em cada mesa de bar, se discutem as

OUTROS JEITOS DE USAR A BOCA

Outros jeitos de usar a boca é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. Mas sempre com um tom de vitória e conquista e não de vitimização ou lamúria. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve

MULHER, QUEM É VOCÊ AFINAL?

“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher” (Simone de Beauvoir) Em pleno século XXI, em tempos de inclusão e diversidade, não há mais espaço para pensar na mulher apenas como aquele ser humano nascido no sexo feminino, de instinto materno nato, delicado e frágil. Ainda bem! A mulher pode ser o que e quem ela quiser ser.

SEJAMOS TODOS FEMINISTAS

Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente do dia em que a chamaram de feminista pela primeira vez. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. “Não era um elogio. ‘Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o terrorismo!’.” Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou

MAIS UM DIA INTERNACIONAL DA MULHER

“Ninguém pode silenciar uma mulher que nasceu amordaçada” (Rupi Kaur) Sempre me pareceu estranha essa sociedade segregadora em que vivemos. Não sei se por educação, por formação religiosa ou por outro desígnio, sempre entendi que todos são iguais perante Deus e a lei. Portanto, qualquer forma de discriminação sempre me soou criminosa. Entendo que as

FOLIÃO SEM FOLIA

Não tinha confetes nem serpentinas no cabelo No corpo não havia glitter nem um tribal pintado de branco no braço O cheiro que exalava da pele não era de álcool nem lança-perfume Nos pés não tinha calos e nos olhos não haviam olheiras Na agenda não tinha blocos atrás de blocos Não competiu beijos vazios

QUARTA-FEIRA DE CINZAS. UM GOSTINHO DE QUERO MAIS…

“Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada,/Quem dera gritar”. (Chico Buarque) Mais um carnaval chega ao fim. Outro carnaval diferente, dentro do novo normal imposto pela pandemia do corona-vírus. Pelo segundo ano consecutivo, não houve desfile das Escolas de Samba; os Blocos de Rua não saíram. O Cordão do Bola Preta não arrastou multidões ao som

O PAÍS DO CARNAVAL

Romance de estreia, escrito quando Jorge Amado tinha dezoito anos, O país do Carnaval (1931) é, apesar do título irônico, mais sombrio e introspectivo que a maioria dos livros que fizeram dele o ficcionista mais popular da literatura brasileira. A narrativa começa no navio que traz de volta ao Brasil o jovem filho de fazendeiro

NADA SERÁ IGUAL OUTRA VEZ – NEM NA FOLIA

“A vida vem em ondas, como um mar/Num indo e vindo infinito” (Lulu Santos) O grande acerto da canção está no fato de que a infinitude está na mudança e não na constância. Já dizia Heráclito que “nada é permanente, exceto a mudança”. Mas criamos sempre essa sensação de que, quando estamos satisfeitos, plenos, felizes,

CARNAVAIS DO BRASIL

Carnavais do Brasil reúne 152 imagens antológicas da maior festa popular do mundo captadas nos últimos doze anos pela fotógrafa francesa Catherine Krulik, radicada no Brasil. O texto da jornalista Marli Gonçalves ganhou traduções para o inglês e o francês. O prefácio é assinado pelo curador Diógenes Moura. A edição das imagens foi feita pela