“Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos.” (Luis Fernando Verissimo)

Estamos vivendo, nos tempos atuais, uma era de busca de igualdade e respeito com mais lugar de fala do que em séculos atrás. Em cada esquina, em cada rede social ou em cada mesa de bar, se discutem as certezas absolutas de cada minoria. Entre tantos movimentos, o feminista vem ganhando força e espaço na sociedade. Admito que certos assuntos ainda são difíceis para mim, ainda mais quando vêm acompanhados de radicalismo. Vejo mulheres querendo espaço na sociedade, alegando igualdade, mas com um toque de superioridade. Muitas acabam fazendo o contrário do que pregam e criam clubinhos onde pessoas, incluindo mulheres, não podem opinar diferente do estatuto que elas criaram. Toda luta é válida, mas com coerência. Um tempo no passado, quando mulheres foram às ruas lutar pelo voto, queimaram os sutiãs, sentaram em bares só para brancos, marcharam com bandeiras em arco-íris, deram de mamar com os seios totalmente expostos, entre outros protestos, só se via a luta pelo seu direito de inclusão. Hoje, um grupo extremista, quer o lugar de destaque, o mais alto salário, a cadeira de chefia e por aí vai. Acho que todos devem lutar por seu lugar ao sol mas sem nenhum privilégio só por ser isso ou aquilo. A energia gasta para ser destaque deveria ser posta em favor da construção de uma sociedade justa e igualitária. O papel da dona de casa, mãe educadora e zelosa deixou de ser prioridade feminina com a formação de novas famílias. Aprendemos e evoluímos com os ensinamentos de nossas ancestrais e devemos passar isso aos nossos. A mulher faz parte do todo, tem seus deveres e direitos, tanto quanto os homens. E é claro que, naturalmente, entre homem e mulher existem diferenças biológicas, psicológicas e instintivas que falam mais alto que qualquer protesto. Cabe a nós saber exaltar essas particularidades e defendê-las, respeitando cada indivíduo como único em sua masculinidade e feminilidade, separada ou em harmonia. Como dizia Pepeu Gomes “Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino.”. Sejamos todos humanos e irmãos de evolução respeitando um ao outro em sua essência. Um salve as mulheres que se sentem mulheres, um salve aos homens que se sentem homens e um salve a quem não se sente pertencendo a nenhum gênero!

Autoria: Leonardo Campos

Autores citados: Luis Fernando Verissimo, Pepeu Gomes 

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