“A democracia é uma constituição agradável, anárquica e variada, distribuidora de igualdade indiferentemente a iguais e a desiguais.” (Platão)

Sem sombra de dúvidas, a constituição é o pilar de uma sociedade democrática. Por isso, fica o pressuposto que deva ser a segurança de uma sociedade, por meio de instituições, leis, direitos e deveres, mas, na realidade não é o que ocorre. Políticos mudam constantemente artigos constitucionais para que se adaptem ao seu pensamento, isso transforma a constituição em um modelo de politicagem, beneficiando governantes em detrimento aos governados. O respeito à constituição está ligado ao grau educacional da população, onde, ainda que não sendo juristas, intelectuais, e até mesmo políticos, consigam entender o ambiente constitucional, sabendo dos seus direitos e deveres e cobrando a atenção necessária. Em uma sociedade como a brasileira, com um grau educacional extremamente desigual, fica fácil a manipulação intelectual, perpetuando na população um falso entendimento, com bravatas, palavras de impacto e frases desconexas. Com tudo isso, mesmo a constituição brasileira sendo considerada moderna, faz-se valer o atraso, o desrespeito e a mentira, sendo assim, menos pró-ativa aos direitos e mais concentrada nos deveres da sociedade. Fomenta, dessa forma, a desigualdade, criando uma educação pobre e cada vez mais suscetível à manobras políticas de interesses próprios e individuais. Se a sociedade conhecesse a Constituição, com certeza, muitos desses políticos que estão no poder ou que já estiveram, estariam excluídos da cena política, banidos. Mas isso parece ser uma utopia.

Autoria: José Maurício

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