“Eu possa lhe dizer do amor (que tive):/Que não seja imortal, posto que é chama/Mas que seja infinito enquanto dure” (Vinícius de Moraes)
Entendo ser possível afirmar que nossas vidas são um conjunto de rotinas, que, vez por outra, são chacoalhadas por momentos de mudança nos planos: (i) pessoal – podemos ter casamentos, divórcios, nascimentos e falecimentos, (ii) acadêmico – se acumulam o início e a conclusão dos ensinos fundamental, médio, superior e além, e (iii) profissional, onde cada um dos empregos ou carreiras que exercemos forma inédita etapa. Em todos esses momentos, nos deparamos com desafios próprios, sendo tais mudanças fontes de profunda ansiedade por tudo o que trazem de incerteza. Olhando para esta situação, gostaria de discutir apenas um desses aspectos, qual seja, o das pessoas que conhecemos, ou simplesmente cruzam nossas histórias pessoais, em cada um desses ciclos e como lidar com estes momentos de mudança e seus impactos nas relações. Tendo passado por inúmeros desses eventos, cheguei à conclusão de que não há como manter todas as amizades formadas em cada um desses ciclos, ao longo de toda a nossa vida. Ou melhor, nenhuma dessas relações é completamente imune às mudanças pelas quais passamos. Tais mudanças nos afastam física, emocional, e mesmo culturalmente. Elas mudam nossas prioridades, e essa alteração, necessariamente, se refletirá em nossas relações. Desta forma, é preciso tratar tais mudanças com maturidade e sem ansiedade. Algumas amizades nos acompanharão por toda a vida, com tanta certeza quanto estou certo de que a maioria das pessoas com quem já nos relacionamos não estarão na nossa agenda para sempre. Verdade que os aplicativos de redes sociais facilitaram bastante a manutenção de vínculos, perpetuando nossa capacidade de saber como estão todos aqueles que, um dia, passaram por nós. Mas, saber como alguém está é diferente de viver uma amizade. Não trago esta constatação como algo negativo… algo a lamentar. Pelo contrário! Quero salientar que tais movimentos são extremamente normais e não devem se tornar fonte de sofrimento. Devemos ser gratos a todos que passaram por nossas vidas – aos colegas e amigos de forma especial, pois deles carregamos bons momentos. E daqueles que nos fizeram mal, devemos carregar os ensinamentos que dessas relações vieram, pois sabemos que aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes. Vejam o meu caso agora! Prestes a sair da empresa em que trabalhei por quase trinta e quatro anos, não posso imaginar que todas as pessoas que mais conviveram comigo lá me acompanharão nesta nova fase. E certamente não devemos ficar exageradamente ansiosos com esta perspectiva pois, qual rio antigo e volumoso, a vida seguirá seu caminho e, se tivermos de nos encontrar de novo, ou continuar juntos, isso ocorrerá naturalmente. Se não acontecer, não será culpa de ninguém… Apenas tenha certeza de que valeu a pena, e leve os bons momentos em seu coração! E, em um eventual reencontro, refazer os laços será como voltar a andar de bicicleta… Ninguém nunca esquece! Ciente disso e de forma tranquila chegando ao final da vida, o pensamento do escritor irlandês C.S. Lewis fará todo o sentido: “Fazer um amigo não é o mesmo que tornar-se afeiçoado. Mas, quando seu amigo se torna um velho amigo, todas aquelas coisas nele que inicialmente nada tinham a ver com a amizade se tornam familiares e queridas com a familiaridade.”
Acho de extrema importância termos clareza sobre os diferentes ciclos emocionais pelos quais passamos ao longo da vida. Essa visão ajuda a nos Posicionarmos frente a Nós mesmos e também diante do outro. Parabéns pelas Excelentes reflexões trazidas sobre os ciclos de amizade, suas diferentes fases e possibilidades. Obrigada por compartilhar conosco!
Cara Valéria, agradecemos seu comentário. Parte da vida boa está na clareza que você menciona. Nos honraria que continuasse a seguir as publicações realizadas, comentando-as. Obrigado da Equipe OmnisVersa.
Excelente texto! Verdadeiro e profundo, as Mudanças da vida nos levam a mudancas naturais no Nosso entorno e é muito melhor e mais leve estar consciente disso e em
Paz… o passado tem seu valor e o presente merece ser bem vivido!
Artigo Objetivo E com a profundidade necessária que a “amizade Sem ansiedade” proporciona em cada etapa de nossas vidas. Muito bom!!!
Prezado, Sergio. A equipe Omnisversa agradece seu comentário e se sentiria honrada caso siga conhecendo e comentando as publicações neste site.
Acho de extrema importância termos clareza sobre os diferentes ciclos emocionais pelos quais passamos ao longo da vida. Essa visão ajuda a nos Posicionarmos frente a Nós mesmos e também diante do outro. Parabéns pelas Excelentes reflexões trazidas sobre os ciclos de amizade, suas diferentes fases e possibilidades. Obrigada por compartilhar conosco!
Cara Valéria, agradecemos seu comentário. Parte da vida boa está na clareza que você menciona. Nos honraria que continuasse a seguir as publicações realizadas, comentando-as. Obrigado da Equipe OmnisVersa.
Excelente texto! Verdadeiro e profundo, as Mudanças da vida nos levam a mudancas naturais no Nosso entorno e é muito melhor e mais leve estar consciente disso e em
Paz… o passado tem seu valor e o presente merece ser bem vivido!
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