Ontem uma linda lua cheia,
Pendurada no firmamento,
Iluminava o mar do Leblon.
Voltará ela hoje?
Uma dor ao perdê-la de vista
E um êxtase ao revê-la
Da varanda de casa,
Ainda que expulso pela brisa fria
Vinda de um mar de inverno.
Uma taça de vinho e um cobertor
Meio sentado meio deitado
A mirar do banco a lua
Em seu esplendor de argento.
Um amanhecer azul
E transcorrer o dia na esperança da lua.
Sonhar com raios prateados
Rasgando e ferindo a noite escura.
Esperar o brilho feminino
Pelas horas de domínio
Do dourado masculino.
O desejo e a expectativa são de tal monta
Que desespera a chance de frustração.
Nessa dúvida de seu retorno,
Melhor fechar tudo,
Só crer que ela está lá fora
E de joelho pensar nessa senhora,
Delirando freneticamente por pura ânsia.
Autoria: Fernando Sá
Foto: Fabrizio (Flickr)
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