“A raiva é um vento que apaga a lâmpada da mente.” (Robert Ingersoll)
Eu sou uma pessoa calma, geralmente. Mas tenho alguns rompantes de raiva dos quais não gosto muito quando acontecem. Quando assim é, lembro de um Provérbio Chinês: “Se você é paciente em um momento de raiva, você evitará cem dias de sofrimento.”. Vejo essa forma de expressão como um jeito natural de defesa, mas sei que posso contê-la. A raiva pode movimentar uma energia, que quando bem canalizada, transforma qualquer coisa, mas quando mal utilizada pode desencadear sérios problemas. Sei que se eu me irritar, e não souber controlar ou reverter esse sentimento, com certeza, toda essa emoção irá se transformar em raiva. Se eu souber direcionar essa raiva para transformar o que me incomoda, serei bem sucedido. Esse exercício tem que ser diário. Só que nesse tempo em que vivemos, o ódio à diversidade tomou uma proporção tão grande que minha raiva rompe toda vez que abro as mídias sociais. Tenho raiva da raiva dos outros; vê se pode? Não vejo mais noticiários na televisão para não passar por isso, mas quando preciso me atualizar me decepciono com a humanidade. A raiva estampada por intolerância tem uma cara e a raiva por descaso social outra. Só que nesse momento, por ser um sentimento indesejado e de descontrole, o lado certo da raiva perde sua voz. Qualquer fisionomia ou voz alterada gera uma certa repulsa, e conseguir reverter essa impressão é muito difícil. Por isso tento manter a calma, quando posso, e contar até dez. Muitas vezes consigo e outras não. Nos Provérbios (29:11) diz-se que o tolo dá vazão à sua ira, mas o sábio domina-se, é onde eu procuro estar quando entro em descontrole. Dessa forma, tenho um lema que é o de não criar expectativas em relação ao próximo e não me abalar com o pior. Sendo assim, não me irrito e não fico com raiva facilmente. Fácil? Nem pensar. Mas é possível. Tente!