“Toda vez que acordo o mundo já não é mais o mesmo.” (Leonardo Campos)
Conforme a modernidade vai avançando, as gerações começam a ter vários impasses. Nessa era da informação digital muitas coisas impressas passaram a ser digitais. Jornais, revistas e livros já podem ser lidos na tela de celulares, no computador ou em leitores de e-books. Como sou dos anos 80, sinto falta de uma boa banca de jornal e de livrarias, cada vez mais escassas hoje em dia. Gosto de folhear, marcar e rabiscar páginas e mais páginas com minha indispensável lapiseira de ponta 5.0. Não vou dizer que estou alheio às facilidades desses tempos, mas prefiro à moda antiga. Essa atualização não é só para veículos impressos. Durante a pandemia muitas coisas mudaram. Peças de teatro passaram a ser transmitidas online em plataformas online. Filmes tiveram suas estreias quase simultâneas em streams de canais por assinatura. As rádios são quase um veículo pré-histórico. Só conheço um amigo que ainda ouve esse formato de entretenimento. Podcasts tomaram conta dos fones no metrô, assim como aplicativos de música. CDs? Já viraram peças de museu junto com fitas cassete e VHS. Blue Ray? Nem sei ainda se vingaram. Novelas viraram séries e os 5 minutos de fama hoje não podem passar de 3 nas redes sociais. Aliás, 3 minutos ainda são muito. Se você não conseguir atrair a atenção nos 30 primeiros segundos, o dedo vai rolar. As redes sociais podem realizar sonhos e provocar pesadelos terríveis, quase que instantaneamente. E é por isso que os realities shows tomaram uma proporção enorme no mundo. O que se quer ver hoje é babado, confusão e gritaria. Outros tempos, outras formas de se entreter. O que mais a modernidade pode nos oferecer? Às vezes acho que a humanidade já esgotou sua criatividade, mas toda vez que acordo o mundo já não é mais o mesmo. Eu que corra para ficar atualizado. Mas sempre com minha lapiseira 5.0 para marcar a página de um livro impresso.