“Feliz do homem que não espera nada, pois nunca terá desilusões” (Alexander Pope)

O que é a desilusão, afinal? Um sentimento ruim e amargo, com certeza. E porque ele acontece? Porque temos a tendência de sempre esperar demais das pessoas – mais do que elas podem realmente nos dar… E, deste modo, logo vem o desapontamento. Então, me parece bem esperto esperar menos ou quase nada das pessoas! Não é um exercício fácil, mas vale a pena tentar. Todo mundo já se decepcionou um dia: desilusão amorosa, no trabalho, com amigos, família…Mas é muito importante também vivenciar o gosto amargo da desilusão, por um breve período de tempo, e, depois, seguir em frente, sem amargura. A sabedoria está em aprender com essas coisas ruins que nos acontecem. Afinal, somos todos humanos e falíveis. Errar faz parte do nosso aprendizado… Segundo Lya Luft “Todos, algum dia, acordamos com a senhora desilusão sentada na beira da cama. Mas a gente vai à luta e inventa um novo sonho, uma esperança, mesmo recauchutada. Vale tudo menos chorar tempo demais”. É como diz a música: levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima… Tem pessoas que depositam no outro tudo que gostaria de ser ou fazer, como uma espécie de projeção. Isso é muito comum na relação de pais e filhos. E não é legal! Mesmo sem intenção, você acaba impondo um peso injusto e desnecessário para o outro e, no final, acaba todo mundo magoado, frustrado ou desiludido… Viva a sua vida, relacione-se com as pessoas, troque com elas, mas não deposite nelas os seus desejos e anseios. Esse é o meu “pequeno truque” para não “quebrar a cara” – outro sinônimo para desilusão…

Autoria: Márcia Siqueira

Autores citados: Alexander Pope; Lya Luft

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