“Sempre que o desejo de um objeto se acende nos nossos corações, pomo-nos a persegui-lo e a procurá-lo e somos levados a mil desordens.” (Miguel de Cervantes)
A origem da palavra fobia vem do grego phobia, que significa medo intenso, ou irracional, aversão, hostilidade. Até hoje se usa esse termo, como sufixo, quando se fala de preconceito contra homossexuais, transsexuais, bissexuais, entre outros. Em uma época em que estamos querendo ressignificar palavras e termos usados com o intuito de não sermos pejorativos, já está mais do que na hora de ressignificar esse sentido também. Já foi tempo em que a sociedade tinha medo de pessoas com características diferentes das delas. Hoje o que se tem é vontade de experimentar ou vontade de se esconder por praticar o que a sua natureza lhe pede. Percebemos que o que se pratica é o ódio mesmo. Vemos que quando um ato de preconceito se torna público sempre está acompanhado de violência física ou verbal. Esse ódio vem de dentro com uma força descomunal. Pode até ser medo sim, mas o medo é de se aproximar demais e se entregar às suas vontades e desejos. E se igualar ao diferente não é algo fácil. Visto a pesquisa recente do IBGE que estima que a população brasileira de gays, lésbicas ou bissexuais seja de 1,8%. Está na cara, e nos perfis de aplicativos, que a maioria dos membros da família tradicional brasileira está enrustida. Em pleno século XXI não deveríamos, como sociedade, ter que assumir qualquer que seja nossa prática sexual ou qualquer outro estado de ser. Deveríamos sim viver normalmente e respeitar o posicionamento dos outros e se valer do respeito ao nosso. Não fomos criados em séries, como carros por exemplo. Temos nossas individualidades e nosso modo de pensar de acordo com a nossa cultura e criação. Temos a genética trazendo a maior variabilidade possível para a perpetuação da nossa espécie e agimos contra essa forma magnífica da natureza agir por não aceitar o diferente como parte dessa evolução. Temos que repensar o que dizemos e a forma com que expressamos nossos pensamentos. Não muda em nada o que o outro é ou o que ele faz da sua sexualidade. Temos muitas outras coisas com que nos preocuparmos. E o mais principal é com a índole das pessoas. Ser mal, corrupto, desonesto afeta muito mais a vida do outro do que uma simples forma de amar. Pense nisso e espalhe essa ideia.