“Cacau, o doce prazer que alimenta o vício, o paladar e a ganância.” (Leonardo Campos)
Uma coisa eu tenho certeza: quando começo a comer chocolate eu não consigo parar! Considerava, até pouco tempo atrás, que eu tinha um vício por essa guloseima, mas percebi que na realidade eu tenho compulsão por derivados do cacau, tipo: bombom, biscoito, bolo, calda, bala, confeito, em barra, em bebida, enfim, de qualquer jeito! Vício eu tenho por doce. Até me tremo quando não como um docinho depois do almoço. Tenho um amigo que tem uma bomboniere na sala que é sempre atacada quando vou lá, desde os bombons até as jujubas. Muitos dos meus quilos são fruto dessa falta de controle. Conheço pessoas que não estão nem aí para doce nem para chocolate. Preferem salgados. Outros que têm alergia ou enchaqueca quando comem cacau, mas amam essa iguaria. Lembro de uma novela, que assisti quando criança, onde as pessoas colhiam o fruto do pé, tiravam suas sementes, colocavam para secar e depois as pisavam. Aquilo era mágico para mim. Acho que nunca senti o sabor real da fruta, não que me lembre. Conforme fui crescendo percebi que grandes fazendeiros enriqueciam com o comércio dessas sementes. As grandes indústrias também. Tomei consciência que muitos dos que trabalham colhendo o fruto nunca enriqueceram e nem saborearam um chocolate, dito, de alta qualidade. Muitos nunca sentaram em um café a tarde para bater um papo saboreando uma torta floresta negra. Acredito que ainda deve ter pessoas que nem sabem o sabor de um chocolate quente. Hoje, fico horrorizado quando entro em uma loja e vejo um ovo de páscoa custando três dígitos. O marketing nessa época é cruel com os pais e com as crianças. Quem não quer ganhar um mimo nesses dias, nem que seja um bombom,? Eu com certeza quero! Mas sempre pensando em quem não pode dar e quem não vai ganhar. Por isso, sempre que posso, dou de presente um chocolate para quem não tem condições. Não que alguém precise, mas esse sabor sempre aquece um coração. Então, o chocolate pode ser doce, amargo ou não fazer sentido. Tudo depende da sua realidade.