“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher” (Simone de Beauvoir)
Em pleno século XXI, em tempos de inclusão e diversidade, não há mais espaço para pensar na mulher apenas como aquele ser humano nascido no sexo feminino, de instinto materno nato, delicado e frágil. Ainda bem! A mulher pode ser o que e quem ela quiser ser. Ser mãe, querer casar e constituir família pode ser ou não seu objetivo de vida. Somos muito mais do que isso. Podemos fazer nossas escolhas e ninguém tem nada a ver com isso! Neste sentido, muito atual o pensamento de Simone Beauvoir, escritora, intelectual, filósofa, ativista política e feminista, nascida em 1908 e falecida em 1986. Não sou uma expert no assunto e não tenho a menor pretensão, aqui, de levantar bandeiras, mas não se pode mais ignorar a diversidade de gênero, orientação sexual, afetividade… Cada um pode ser o que bem entende e como se entende! Então, nesta semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, minha homenagem vai para todas nós, poderosas, empoderadas, mães, filhas, trabalhadoras, femininas, feministas, frágeis, românticas, sensíveis, mulheres de corpo (nascido ou por transição) e alma ou só alma… Muito sábio Leon Tolstói “A mulher é uma substância tal que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova”. Somos, acima de tudo, mistério e surpresa. Renovação e reinvenção. Agora, falando só por mim, isso me define sem me limitar – é isso! E digo mais: eu não caibo em caixa nenhuma!!!! Mas, paradoxalmente, minha caixa preferida tem nome: MÃE! Amo ser mãe, antes de qualquer outro papel ou função! E isso me representa desde que eu me entendo por gente… Meus filhos, sem a menor sombra de dúvida, fizeram de mim uma pessoa muito melhor. Clichê? Longe disso… Mas, vale frisar, mais uma vez: sou muito mais que isso. Clarice Lispector já dizia: “Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos no coração”. Por isso, não tente nos definir, não tente nos limitar. Não subestime nossa força, nosso poder. Simplesmente nos ame e, acima de tudo, nos respeite! Outra coisa muito importante: não dá mais para aceitar a violência contra a mulher! Os números são assustadores. E ainda atinge crianças, filhos destas relações, ou não. A mulher não é um objeto de posse. Não é propriedade. Ninguém é! Muita informação? Claro que não! Nada que todo mundo já não saiba. É simples: somos todos seres humanos e merecemos respeito! Mas, como estamos falando sobre o Dia Internacional da Mulher, parabéns para nós! Mas não percamos de vista todas essas questões. Afinal, tudo o que nós queremos é um mundo melhor e mais justo, para todos! Essa é a nossa essência… Essa é a minha essência.
Autoria: Marcia Siqueira
Autores citados: Simone de Beauvoir; Leon Tolstói e Clarice Lispector