“Como seria chato viver sem a modernidade e suas experimentações.” (Leonardo Campos)
Na semana da arte moderna fui desafiado a escrever um texto sobre a sua importância. Para meu pavor, percebi o quanto não sei nada a respeito desse movimento. Posso até já ter apreciado uma obra, mas sem nunca ter associado ao seu contexto. Na escola tive apenas um ano de estudo das Artes. Completei minha vida escolar básica em instituições públicas. Um ano tinha matemática e no outro não, e assim se repetia com várias matérias. Apesar de apreciar a arte, um dia vi um quadro na casa de um amigo que eram bolas coloridas. Todas em perfeita harmonia. Ele me contou que tinha trocado por um outro quadro do mesmo artista (um anjo talhado em madeira em 3D saindo da moldura). Eu que conhecia a obra da troca perguntei: “Como você pode ter trocado um quadro tão lindo por esse que até uma criança faria com um compasso?” Ele me olhou sério e disse: “A arte tem que circular, e você tem que valorizá-la assim como valoriza a biologia, a história, a física… Cada área de estudo tem a sua importância e cada expressão tem que ser respeitada”. Recebi aquela resposta como um tapa na cara, para me acordar ‘a realidade. Hoje percebo como a arte muda o mundo. E como o mundo dá pouca importância ao que não segue os padrões da beleza formal. Como seria chato viver sem a modernidade e suas experimentações. Tudo evolui e é assim também com as mentes artísticas da nossa atualidade. Pena que alguns governantes não deem tanta atenção a esse nicho necessário. Países mais avançados têm uma visão de que a arte é algo vital para o desenvolvimento da nação. A livre expressão é fomentada e estimulada. Já em países controladores a arte é algo proibido pois nos mostra de forma lúdica a nossa realidade, e os tiranos não querem se ver expostos em uma charge criativa. Arte é cinema, teatro, pinturas, dança… E o que temos visto é pouco incentivo e uma corda na garganta de cada artista que quer se expressar. Mas como tudo o que é bom sempre persiste, vários movimentos recebem ajuda de organizações particulares e até mesmo de benfeitores apreciadores da livre opinião. Espero que a arte esteja mais presente na vida de cada cidadão com a sua real importância e sendo valorizada por nossos governantes. Uma utopia? Não sei, mas acredito que é possível estimularmos aqueles que se encontram em nosso meio. Dê um livro de presente, convide a uma peça de teatro, leve alguém a uma exposição… Multiplique a arte. Esse já é o caminho.