“A maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.” (Fernando Pessoa)

Um dia, recebo convite para fazer parte de algo maravilhoso! A vida nos coloca em xeque-mate, às vezes, e, desta vez, a partida terminava com o início. Era o fim de palavras e rabiscos perdidos, na mente e na alma, de um ser cheio de histórias, de uma vida intensamente vivida em harmonia com o universo. Este mesmo universo, muitas vezes, em contradição com meus desejos, com meus anseios, com minhas inspirações, … o coração e o cérebro em constante luta. E falando em coração, já pulsando fortemente este, pelo que viria a acontecer. As noites estreladas, e sua maravilhosa lua, me faziam companhia neste novo que me era apresentado. Um certo medo do desconhecido, assim como o novo sempre me pareceu absurdo, … o pensamento era só vontade e ansiedade de estar pronto. Mas, na verdade, nunca estamos totalmente prontos para nada, ainda que o fascínio pelo novo se fizesse presente, e o brilho dos olhos refletidos na lua, nas estrelas, e na escuridão das noites pensantes, trouxesse a resposta: voar. Este voo tinha, então, seu início. Como um presente deste controverso universo, ganhei asas. E aprender a voar neste céu, me fez e faz aprender muito. Há respeito, carinho, solidariedade, … e o desconhecido se faz mais que conhecido. É tudo muito mágico quando diversas pessoas, de costumes, hábitos, pensamentos, personalidades diferentes resolvem “voar” juntas. Em um mundo onde, hoje, mais do que nunca, a diversidade nos faz aprender com o diferente,… uma lógica, … outro sentimento, aprendendo assim neste voo conjunto, a arte de aceitar e entender o que cada um é, e como é. E meus rabiscos perdidos tomavam a forma de palavras e frases, nesta união com pessoas incríveis, com as quais posso voar sem medo, neste céu infinito das palavras. O novo então completa um ano; o absurdo depois deste ano é logicidade. E há imensa felicidade em fazer parte deste universo, em que voo longe e alto pelos meus rabiscos, deixando em versando a minha alma desnuda ao sabor dos meus textos. OMNISVERSA, obrigado por deixar ser este pássaro voar por este lindo céu.  E meu agradecimento, muito especial, ao amigo Fernando de Castro Sá.

Autoria: Waldir José Machado

Autores citados: Fernando Pessoa