“Sempre parece impossível até que seja feito.” (Nelson Mandela)
Tudo bem, eu confesso: nunca fui uma pessoa muito criativa. Mas isso nunca me impediu de “dar meus jeitinhos” e, ainda que timidamente, de realizar meus objetivos. Até mesmo porque, de que adiantam as grandes ideias se elas não forem implementadas? Então, eu foco nas minhas habilidades e sigo em frente. Atitude e boa vontade nunca me faltaram. Para nada! E olha que eu sou bastante insegura… Mas, por outro lado, sou muito positiva e tenho uma enorme vontade de acertar, de ser feliz, de fazer os outros felizes. Isso, para mim, é sinônimo de vida boa! “O primeiro passo para o bem é não fazer o mal”, muito bem dito por Jean-Jacques Rousseau. Ou seja, atitude não implica somente em atos; a omissão e a resiliência também podem significar fortes atitudes. Definitivamente, não costumo ficar me lamentando com as dificuldades. É o que temos para o momento? Ok. Poderia ser pior, certo? É nessa hora que eu busco minha força e meu equilíbrio para lidar com as situações. Nem sempre podemos “virar o jogo” e aí surge a minha capacidade (e essa é uma das minhas maiores habilidades) de me adaptar e perceber o que há de bom na adversidade. Sim, porque nada é 100% bom ou ruim. Não sou de levantar bandeiras ou fazer discursos inflamados (principalmente os políticos), mas tenho o meu jeito de lutar e defender as ideias que acredito. Sou transparente, assumo minhas posições, mas valorizo também o silêncio consciente. Às vezes, basta estar lá, sem palavras. Um olhar, um gesto ou apenas a presença. Eu realmente acredito nisso. Agora, quando parto para a ação, sou incansável. Meus amigos bem sabem disso… Me viro ao avesso, feliz da vida, por uma boa causa! Se é para ajudar, fazer coisas boas, a tal da criatividade aparece e ninguém me segura. E isso não quer dizer que eu sou a senhora boazinha ou perfeitinha; apenas que, todo dia, quando acordo, me disponho a ser uma pessoa melhor. O mundo está precisando disso. Clarice Lispector já dizia “E não caminharei de pensamento a pensamento, mas de atitude a atitude.”. Afinal, quem espera nunca alcança… Ah, mas minhas atitudes podem ser, também, menos nobres. Por exemplo: é preciso coragem para, em plena semana, com muito trabalho, “chutar o balde” e tomar uma cerveja ou uma taça de vinho. Dar um tempo no labor e ver um filme ou ligar para um amigo e dar boas risadas. É aquela pausa revigorante que torna você ainda mais produtivo. Na verdade, é tempo ganho e não perdido! Eu disse que não era perfeita… Atitude (boa ou ruim) exige coragem porque expõe você, podendo levar a uma zona de desconforto total. Mas eu prefiro assim. Não quero simplesmente que a vida me leve; quero ir junto com ela; quero ser protagonista do meu destino, embora nem sempre isso seja possível… E, para tanto, procuro me cercar de amor (em todas as suas formas); leveza; bom humor; amigos e empatia, com a vida e com as pessoas. Simplista, demais? Não acho! Fácil? Menos, ainda. Mas vale a pena tentar… “Quando os pensamentos se elevam, as atitudes também se elevam.” (Huang Po). É por aí mesmo. E finalizo com Marcelo D2 “Iate em Botafogo, apartamento em Ipanema/Uma vida de bacana se eu entrasse pro esquema/Mas eu busco na raiz e lá ‘tá o que eu sempre quis/Não é um saco de dinheiro que me deixa feliz” (letra da música À Procura da Batida Perfeita).
Autor: Márcia Siqueira
Autores citados: Nelson Mandela, Clarice Lispector, Huang Po e Marcelo D2