Jean Genet é um desses escritores malditos, mas que, quando lido, se torna um vício e já não se sabe mais qual de suas obras se prefere. O marginal que virou intelectual. Genet deixou a prisão após manifesto de intelectuais franceses, que descobriram nele a mais rude e real poesia possível. Um homem marcado pela violência e pelo preconceito por sua opção sexual se torna um ícone da literatura e teatro franceses. No mais pessoal de seus livros, Genet mostra o submundo e transcende as dimensões da transgressão, do erotismo e da escatologia para atingir o patamar do misticismo e da mais elevada poesia. Com uma linguagem essencialmente poética, Genet descreve o mundo dos assassinos, das prostitutas, dos homossexuais, dos travestis e dos marginais de toda ordem, e os eleva à categoria de heróis. Um primeiro livro a ser lido e que trará a paixão por toda a obra do autor.