Em 1688, John Locke escreveu esta obra, que permanece atual, diante da visão de superioridade de certos grupos religiosos sobre outros, ainda que mesmo dentro de uma mesma linha de fé e crença. Locke sabiamente diz, a propósito da função verdadeira da religião, que “ela não é instituída a fim de erigir a pompa exterior, nem para obter domínio eclesiástico ou para exercer força coercitiva, mas para regular a vida dos homens segundo as regras da virtude e da piedade”. Ele fala sobre a hipocrisia de igrejas e quanto aos seus fanáticos julgarem e perseguirem os outros sem que antes façam as correções dentro de seu próprio corpo familiar e comunitário. E a pergunta grandiosa do autor que devemos refletir é: “… não entendo como se possa chamar de Igreja de Cristo aquela que … exclui da comunhão pessoas que Cristo um dia receberá no Reino dos Céus?”