Apesar de ter sido produzido em 1958, “Meu Tio” (Mon Oncle) é um filme atual, poético e de extrema sensibilidade, onde o diretor Jacques Tati se vale de um personagem, celebrizado pelo cinema francês, Sr. Hulot (As Férias do Sr. Hulot, As Aventuras de M. Hulot no Tráfego Louco, …). O sr Arpel é dono de uma fábrica de plástico, que o tornou rico e ele vive com sua família em uma casa supermoderna onde tudo é automático. Por seu turno, o cunhado (Sr Hulot) vive em um bairro pobre e antigo de Paris, tendo uma vida plena e feliz. Com seu jeito de ser (bom sujeito ainda que desengonçado), Sr Hulot encanta o sobrinho, o que desagrada Sr Arpel. Para evitar que o filho cresça sob a má influência de Hulot, Sr Arpel arranja para o cunhado um emprego na sua fábrica. Se somam cenas cômicas de riso fácil, mas que permitem a reflexão sobre o erro ao confundir-se “simples” com “simplório”, bem como, desencadeia um questionamento sobre onde está a vida boa.