“Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.” (Leon Tolstói)
Um bom e querido amigo sempre lembra de sua primeira aula no bacharelado de psicologia, quando o professor disse: “A família adoece o indivíduo!” Não se negue que ninguém pode fazer mais mal ao filho que um pai e/ou uma mãe, ainda que agindo com a melhor intenção (delas o inferno está cheio) ou por excesso de amor (esse querer desmedido pode ser tão ruim quanto a falta de amor). No âmbito do casal, segundo Schopenhauer, “casar-se significa duplicar as suas obrigações e reduzir a metade dos seus direitos”. Mas, querendo ou não, gostando ou não, a família continua sendo a célula básica da sociedade. Victor Hugo dizia: “Quando se decompõe uma sociedade, o que se acha como resíduo final não é o indivíduo, mas sim a família.” E o religioso Lutero mostra a ambiguidade da família ao mencionar que ela é “a fonte da prosperidade e da desgraça dos povos”. Por outro lado, a família se aperfeiçoou, já não falamos em filhos naturais, amasiados, … Família hoje pode ter base em relações homoafetivas, plúrimas, não-documentais,… Negar isso, é viver de forma irreal e inconsistente com a sociedade em que estamos insertos. “A verdadeira família é aquela unida pelo espírito e não pelo sangue.” (Luiz Gasparetto) Todavia, surge aqui o descortinamento trazido pela pandemia: todos os grupos denominados família são realmente famílias? Me pergunto isso, diante de situações que vivo e vivencio. Há um lado positivo e romântico, que está nas “lives” das famílias para manterem contato, apesar do isolamento social; das demonstrações de saudade; nos telefonemas mais frequentes; no aprendizado do “whatsapp” pelos idosos;… “Paz e harmonia: eis a verdadeira riqueza de uma família.” (Benjamin Franklin) Vemos, aí, o afeto que queríamos e sonhávamos ver demonstrado durante os duros tempos de pandemia – mais empatia e compaixão. Mas, tudo tem, no mínimo, dois lados. Vejamos, então, o lado obscuro! O “homeoffice” é revelador – e também uma justificativa. O que está por trás, realmente, quando pais estão tão obstinados em mandar seus filhos para escola, onde podem ser infectados e se tornarem agentes infectantes? Ou, ainda, quando deixam crianças pequenas, sozinhas, até altas horas, no playground do condomínio? Talvez eles não aguentem os filhos? Existem várias razões erradas para tê-los: mostrar virilidade ou fecundidade, garantir pensão judicial, ter herdeiro, manter um casamento, … Mas, se vieram os filhos, mesmo na falta de real afeto e adequado planejamento, há uma responsabilidade inerente, e seu cumprimento não tem escusa. Em situações normais de paternidade, Oscar Wilde já desafiava que: “No início, os filhos amam os pais. Depois de um certo tempo, passam a julgá-los. Raramente ou quase nunca os perdoam.” Mas a questão não passa somente pelos filhos, pois retorna aos casais. Afastamento decorrente do trabalho e locomoção: 10 horas. Sono: 8 horas. Sobram, em média, seis horas de convivência ao dia, para o casal. Quando essa convivência passa a ser total (24 horas), por força do “homeoffice”, pode restar claro que não se quer conviver ou não se aguenta conviver. Surge a prova dos sinais frequentemente demonstrados por casais que jantam juntos, mas isoladamente com seus celulares; que buscam atividades extras para atrasar o retorno à casa; que criam tarefas para realização de forma só e fora da família; … Onde está o afeto? A falta do tal afeto! Porém é mais difícil reconhecer sua falta que “empurrar com a barriga”. A manutenção do falso convívio tem diversas justificativas como: filhos, divisão patrimonial, aparência social, … Ocorre que, na “hora do empurra”, não é bom para ninguém, pois o primeiro aspecto comprometido é o conceito de família e todos (casal, filhos, amantes, sogros e até cunhados – desculpem o deboche) sofrem. “Deve respeitar-se o casamento enquanto é um purgatório, e dissolvê-lo quando se tornar num inferno.” (Erasmo de Roterdã) Talvez a pandemia também redesenhe o conceito e o comportamento das pessoas diante da organização familiar modernizada, mas ainda com seu arquétipo histórico-religioso. Você tem refletido sobre sua realidade familiar pelas alterações trazidas com a pandemia?
Autoria: Fernando Sá
Autores citados: Leon Tólstoi, Victor Hugo, Martinho Lutero, Luiz Gasparetto, , Benjamin Franklin, Oscar Wilde, Schopenhauer, Erasmo de Roterdã
Eu vejo a família como a base de tudo ! Não tive conflitos em relação a isso
Os erros que meus pais ocasionalmente cometeram , foram um alerta para mim , para não faze-los !
Concordo que famílias desestruturadas , abalam significativamente a personalidade das pessoas
Não obstante, culpa-las totalmente, não nos exime dos nossos próprios erros!
Como é bom ter um colo de mãe nos momentos difíceis e ter o apoio do pai nas nossas escolhas !
Não acho que a PANDEMIA alterará isso , os egoístas continuarão a se-los e os abnegados , darão mais amor aos filhos , com medo de perde-los !
Outrossim, qualquer forma de família é válida e saudável!
Viva os novos tempos, em que hipocrisia foram varridas para debaixo dos tapetes !
Tratemos pois , de amar mais os nossos pais , visto não serem eternos !
Maria, a família, em seu sentido mais amplo, é muito importante mesmo. Importante também estarmos sempre atentos às nossas relações, todas elas. Obrigado pela sua participação. Continue nos seguindo e compartilhe com os seus amigos.
Eu vejo a família como a base de tudo ! Não tive conflitos em relação a isso
Os erros que meus pais ocasionalmente cometeram , foram um alerta para mim , para não faze-los !
Concordo que famílias desestruturadas , abalam significativamente a personalidade das pessoas
Não obstante, culpa-las totalmente, não nos exime dos nossos próprios erros!
Como é bom ter um colo de mãe nos momentos difíceis e ter o apoio do pai nas nossas escolhas !
Não acho que a PANDEMIA alterará isso , os egoístas continuarão a se-los e os abnegados , darão mais amor aos filhos , com medo de perde-los !
Outrossim, qualquer forma de família é válida e saudável!
Viva os novos tempos, em que hipocrisia foram varridas para debaixo dos tapetes !
Tratemos pois , de amar mais os nossos pais , visto não serem eternos !
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