Final da II Grande Guerra, os franceses, em busca de recompor uma pátria partida entre os resistentes e os coniventes com a invasão alemã, pretendem a consolidação da figura de um homem médio que seja solidário e caridoso. Porém, Sartre lança sua tese existencialista, mostrando as máculas dos homens. Ou seja, o suficiente para ter sua tese atacada por comunistas, filósofos e católicos. Visando expor de forma mais coerente e justa sua filosofia, Sartre aceita fazer uma conferência em 29.10.45. A grande discussão estava lançada sobre a essência preceder a existência. A exposição em forma de conferência é o teor desta publicação, da qual Sartre, posteriormente, teria se arrependido de fazer publicar. O importante é que a partir daí um novo ciclo de investigação filosófica se iniciou. As objeções à sua obra, que ele procura inventariar nessa conferência, por mais confusas e hostis que sejam, provocarão novas questões que serão tratadas mais tarde, após um livre amadurecimento, testemunhado, entre outras coisas, por seus escritos póstumos.