Espelhos são seres impróprios!
Multifacetam e transformam!
Permitem a metamorfose
De luz, cor e forma.
Espelhos, como significados psicológicos,
Serão díspares,
Não alcançando nunca diapasão.
São literários em Dorian
Ou em olhos que matam;
São mágicos nos contos infantis;
Clássicos em Versailles
E nas alcovas da luxúria.
Espelhos mentem!
Espelhos mostram a verdade!
Eles estão nos santos,
Na corja e, também, na pária.
São sofrimento,
Para pecadores arrependidos,
E alegria,
Para narcisistas, exibicionistas
E uma série de mal intencionados.
Não mostram o interior,
Salvo quando nele os próprios olhos se miram.
O espelho, então,
Mostra o rosto ao mirador –
Ele se verá, para,
Consciente ou inconsciente,
Se julgar
Pela verdade, pelo real
Ou pelo idealizado.
Autoria: Fernando Sá
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