A resenha apresentada do livro diz: “Escrito no verão de 1966, durante uma estada em Ibiza, à beira de um abismo nada metafórico, um caderno de páginas ardentes, dentre as mais intensas e radicais já escritas por EM Cioran.” Mas ela não descreve a riqueza de um filósofo capaz de, em um curto diário de férias, apresentar enunciados e reflexões tão importantes ao entendimento da essência humana. Se é verdade que EM Cioram diz ser tomado pelo tédio (“Se alguma coisa me distingue é a capacidade, propriamente ilimitada, de me cansar de tudo.”), sua obra faz com que seguremos a respiração, abandonemos tudo e sigamos ininterruptamente na sua leitura. Ainda que entendamos que “toda vontade muito obstinada é um indício de tragédia.” (EM Cioran)