Embora tenha vivido
Apaixonado pelas minhas idealizações,
Fui um marujo que não aceitava o naufrágio.
Ilhas? Diversas!
Cada uma com seus contos!
Cada âncora um conto!
Amores distantes, lares perdidos, …
Traições e canções.
Cada gole de rum é uma memória,
Que se vai!
Cada baforada é uma lágrima,
Que evaporou!
Cada sonho perdido, um jantar!
Embora busque o cais, talvez
O mar me tenha achado.
São sentimentos quebrados! Espelhos que refletem,
em cada pedaço, pouco do que sobrou de mim.
Separas a ti o que me restou!
Existem infinitos fragmentos ao chão!
Pises com cuidado, e
Recolhas cada música,
Cada arte, cada sonho e
Cada carinho,
como se fossem teus.
Cada plano recicles,
cada lágrima regues tuas plantas,
cada dor te transforme.
Sou tudo o que me restou!
E ainda nada do que posso ser.
Sou como o tempo, sol, tempestades,
Garoa e mormaço.
Tudo afeta meus sentidos e resido em observação.
Vejo a resiliência da natureza.
Impassível aos ventos e ao frio,
Mágoas, esperança, medo e coragem.
Autoria: Thiago Nunes
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