Esta é uma das grandes obras da filosofia clássica, apesar da intenção de Epícuro ser apenas escrever uma carta ao amigo Meneceu. Epícuro indica a busca da felicidade por dois princípios: a saúde do corpo e a serenidade do espírito. Em sua escola, fundada em um jardim e frequentada por homens e mulheres, Epicuro pregava que o prazer representa o Bem e a dor representa o Mal, divergindo ai sua teoria da escola estoica, e se opondo diametralmente a Sócrates, para quem a felicidade adviria da capacidade de suportar qualquer dor ou sofrimento. Nessa edição bilingue, Epicuro ensina que: “ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz. Desse modo, a filosofia é útil tanto ao jovem quanto ao velho: para quem está envelhecendo sentir-se rejuvenescer através da grata recordação das coisas que já se foram, e para o jovem poder envelhecer sem sentir medo das coisas que estão por vir; …”