“A fingida caridade do rico não passa, da sua parte, de mais um luxo; ele alimenta os pobres como cães e cavalos.” (Jean-Jacques Rousseau)
A caridade é algo quase institucionalizado pela igreja católica para a salvação da alma, mas que hoje faz parte de toda religião. O intuito é levar aos mais necessitados um pouco de conforto ao seu estado de pobreza. Tenho uma crítica pessoal a esse tipo de ação. Não me identifico com ele porque vejo que remediar o estado de pobreza não muda sua realidade. Acho que atos voltados para tirar as pessoas das ruas, lhes dar um abrigo, emprego, dignidade rendem mais frutos do que toda noite dar um prato de sopa e evangelizar. Não que se converter a alguma religião seja errado, mas o que não se pode é ter essa premissa para se obter um prato de comida. Diz-se que a caridade é um ato humanitário e de ação voluntária, que conduz ao amor de Deus e ao nosso semelhante. Quando é de coração é válido, mas quando é para propagar nas redes sociais eu recrimino. E recrimino também aqueles que terceirizam a sua caridade, apenas doando para as igrejas fazerem o trabalho que deveria ter o seu suor junto. Digo isso porque não é apenas de pão que o homem precisa. Às vezes o dinheiro que se gasta com uma cesta básica faria mais sentido, e proveito, sendo gasto pagando uma mensalidade de um curso para um jovem sair da realidade do subemprego que lhe espera no futuro. Alimento para a subsistência é importante sim, mas é preciso mais A realidade é que a cada um que pratica a caridade que continue, pois um passo é melhor que nenhum. Mas fica a dica para reavaliar suas ações para que sejam mais assertivas e produtivas.