“Encontrar parceiros próximos de uma ideia pode validar sua prática.” (Leonardo Campos)
Sou de um tempo onde cada colega na escola, ou na rua, tinha um apelido. Essa era uma época onde podíamos brincar uns com os outros e a inocência era, de certa forma, respeitada. Vara-pau, narigudo, lagartixa, entre outros, eram apelidos ingênuos, pois, como crianças, as pessoas eram identificadas e caracterizadas pelo seu físico. Assim como os adultos faziam, e ainda fazem. Imagine descrever uma pessoa na multidão e verá que será necessário uma característica física para o reconhecimento. É certo que não devemos caçoar de ninguém por uma má formação, uma diferença étnica ou escolha de gênero e sexualidade. E é aí que entra o limite da brincadeira, do bullying e do preconceito. Se essas observações não forem trabalhadas desde cedo, de alguma forma, no futuro, atos de intolerância e violência irão se tornar graves delitos, crimes. Não se brinca como antigamente e não se é mais criança da mesma forma que nossos avós foram. Com o advento da tecnologia, cada vez mais as telas fazem parte da rotina do novo cidadão. Vejo que os noticiários hoje estão se conscientizando para minimizar a exposição de casos violentos, de massacres. Coisa que até ontem era passado, e discutido, o dia inteiro por especialistas e repórteres. Imagina a cabeça de uma criança vendo esse tipo de notícia. Ou assusta ao extremo, ou incita de certa forma. Encontrar parceiros próximos de uma ideia pode validar sua prática. Isso é válido tanto para adultos como para crianças. Precisamos nos educar a ter limites. Limites de brincadeiras, limites de espaços, limites de informação … Consumimos bens materiais, bens culturais, bens emocionais, entre outras coisas. Então devemos sempre filtrar o que realmente importa e é necessário do que é fútil, supérfluo ou sem valor para agregar. Não é fácil e nem tem fórmula certa. É dia após dia construindo um universo de conscientização. Faça parte da paz e não do ódio.