“O poema, essa estranha máscara mais verdadeira do que a própria face.” (Mario Quintana)
Por muito tempo da minha vida tive certa resistência com poemas e poesias. Acho que isso vem da época da escola onde eu era obrigado a ler e escrever esse estilo literário. E tudo que é obrigatório se torna um fardo. Durante a pandemia de COVID-19 coloquei algumas leituras em dia e um dos livros que li foi um presente dado por um amigo: Coral e outros poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen. Depois desse cai em outro, dessa vez do Alberto Caeiro. E depois em outro do Álvaro de Campos, Mia Couto e agora em Maya Angelou. O que posso dizer é que hoje vejo como as poesias podem colocar um tom a mais de cor na nossa vida. Muitas inspirações que tenho para escrever, ou para levar a discussão entre amigos, partem de frases ou rimas que leio. A profundidade que a palavra pode ter é inigualável. Sei que tem coisas escritas que apenas os poetas conseguem decifrar. São particularidades deles e que desconhecemos sua intimidade. Mas aquelas mesmas palavras podem ser interpretadas de acordo com a subjetividade de cada um que lê. Essa é a mágica da escrita. Você não tem noção do eco que elas podem ter. É como uma pedra atirada no lago. Várias ondas se criam para todas as direções. Hoje posso dizer que sou uma pessoa mais atenta aos detalhes que acontecem ao meu redor. Tudo é poesia e o poema da vida só inspira quem está de olhos abertos para ver. Minha receita para ter uma vida boa inclui ler um poema por dia. Tente e verá o que pode acontecer com o seu humor a partir dessa experiência.