“Atitude é uma pequena coisa que faz uma grande diferença.” (Clarice Lispector) Se a omissão é um pecado, quando não um crime, que importa em aceitação, cooptação e eventual conivência, exige-se ao homem posicionamento ou atitude. O poeta português Fernando Pessoa dizia que “agir, eis a inteligência verdadeira”. Ele vai além ao lecionar que “a única atitude intelectual digna de uma criatura superior é a de uma calma e fria compaixão por tudo quanto não é ele próprio”. Por isso, a omissão degrada o homem que por ela opta. Sua imagem fica para sempre comprometida, ainda que não lhe seja abertamente exposto tal fato. A atitude legitima o direito de reclamar (“Se você não pode mudar seu destino, mude sua atitude!” – Amy Tan) tanto quanto permite buscar sua meta de futuro (“Se não gosta de alguma coisa, mude-a. Se não puder mudá-la, mude a sua atitude. Não reclame.” – Maya Angelou). Falta ao omisso, antes de tudo, um certo senso crítico, uma preocupação do seu valor perante terceiros. “Pergunte a si mesmo: A minha atitude vale a pena ser imitada? (Zig Ziglar) Obviamente, que falo aqui de um posicionamento positivo, não necessariamente de ativismo, que, se e quando desequilibrado, acaba também sendo nocivo como a omissão. Agir exige o equilíbrio da racionalidade e da emoção (inteligência emocional). Falo aqui, portanto, do posicionamento individual, que demonstra seu valor, seus princípios, sua ética e sua moral. Ninguém consegue se omitir para sempre, e o posicionamento tardio deixa em dúvida o caráter pelas omissões pretéritas ou permite dúvida sobre a legitimidade do ato agora praticado. Mas, uma hora, o posicionamento se impõe, além da vontade do omisso. “E chega uma altura em que temos de tomar uma posição que não é segura, não é elegante, não é popular, mas o temos de fazer porque a nossa consciência nos diz que é essa a atitude correta.” (Martin Luther King). Afinal, como diz Ralph Waldo Emerson: “Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz.”. Se omitir é sempre a pior decisão. Tenha atitude! 

Autoria: Fernando Sá 

Foto: Timothy Takemoto (Flickr)