“Muitas pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto aguardam a grande felicidade.” (Pearl S. Buck)
Um dia desses eu estava assistindo um simpósio sobre espiritualidade e uma palestrante falou sobre a busca da felicidade temporal e da felicidade atemporal. Estávamos discutindo a importância da prática da espiritualidade nos cuidados paliativos. Ela queria dizer que passamos a vida inteira procurando uma felicidade que tem um tempo certo de acabar, que é aquele momento em que alcançamos algo que queríamos muito. Depois da conquista sempre procuramos outra coisa para preencher o vazio da felicidade. Só que nos momentos mais difíceis, salvo aqueles que se dedicam continuamente à espiritualidade, procuramos alguma garantia de que ao morrer tenhamos uma felicidade eterna, dentro do que acreditamos na nossa prática espiritual. Isso pode confortar de uma forma significativa alguém que está à beira de sua passagem. Dessa forma, o paciente passa a ter uma qualidade de vida melhor em suas últimas horas. Mas e quem está gozando de plena saúde? A sua busca de felicidade faz sentido ou é realmente algo que se dilui facilmente? Para mim não faz sentido essa busca vã pela felicidade eterna. Não acredito que possamos ser felizes para sempre. A vida é feita de altos e baixos e a felicidade está nas pequenas conquistas e realizações sim. Não aquelas fúteis e vazias, em que nitidamente a pessoa não está realmente feliz. Geralmente as pessoas estão querendo transparecer uma sensação de felicidade, mas no fundo é uma falsidade midiática. Podemos ser felizes e ter alegria em cada coisa que fazemos quando realizamos nossas tarefas e afazeres de coração. Não somos obrigados e sermos felizes o tempo todo e acho que isso nem é saudável. Se não descobrirmos como superar as dificuldades teremos uma vida vazia e sem sentido, propensa à depressão. Por tanto, aproveite cada momento da sua vida e seja feliz da sua forma, sem se importar com os outros. Para a felicidade não há fórmula.