“Sem essa gente de sorriso fácil e de braços fortes, o que seria do Brasil?” (Leonardo Campos)
Eu amo a cultura nordestina. Minha avó é baiana e acho que trago no meu sangue muito de lá por isso. Penso que grande parte do Brasil é construído e tocado por esse povo. Logo cedo são forçados a ganhar o mundo pois o investimento em sua região não é o suficiente para sustentar sua educação, suas ambições e seus pratos. Isso é uma pena já que a riqueza dessa terra é inigualável. Quem nunca conviveu com um cearense, paraibano ou um pernambucano? Sempre trabalhei e estudei com representantes do nordeste e vejo a garra que eles têm. Fora que o tempero, a alegria e a cordialidade fazem parte do pacote. Já foi em festa de um cabra da peste nordestino? Então não recuse o próximo convite. Aipim cozido com manteiga e café forte não pode faltar de manhã, assim como, um cuscuz amarelo e queijo coalho. Uma tapioca fresquinha de tarde e uma farofa no almoço. Dá até água na boca Sempre fui apaixonado pelas típicas festas de São João e as lindas danças de quadrilha. Falando em dança, logo lembro do forró pé de serra. Um arrasta pé não deixa ninguém parado. E o que falar das praias? Ah, as praias de água morna. Até suspiro fundo. O sotaque é outra coisa marcante e contagiante. Se fico muito tempo junto com alguém que fale com a entonação nordestina eu logo me pego imitando e falando, oxe! O que me desagrada é que em pleno século XXI essa parte do nosso país parece que está isolada e ainda sofrendo preconceito. Eles não merecem isso. São parte fundamental da nossa história e do nosso futuro. Gostaria de mais respeito, dignidade e igualdade para eles, como da mesma forma para com os nortistas, os sulistas, os do centro, que não sei como chamar e os sudestinos, metidos a besta. Sejamos um só país com sua riqueza e diversidade.