“O amanhã pertence às crianças que protegemos hoje.” (Papa Francisco)
A violência infantil é um problema social que atinge a toda a sociedade. Não há como ser indiferente. Não se pode ficar indiferente! Nenhum tipo de violência é aceitável, mas a cometida contra crianças assume proporção ainda maior, em especial pela condição de fragilidade e dependência que elas detêm em relação aos adultos. Não importa o tipo de violência – física, emocional, psíquica ou sexual – o certo é que ela é sempre cruel e traz repercussões para a formação do adulto que se desenvolverá. Em regra, é cometida por familiar e dentro da própria casa, onde, em tese, a criança se sentiria mais segura e acolhida. Muito doloroso, inaceitável e revoltante! E acontece nos mais diversos ambientes e camadas sociais. Há casos em que a mãe deixa seu filho acorrentado em casa, porque precisa trabalhar e não tem com quem deixar a criança. Tem o padrasto que abusa dos enteados, com ou sem a conivência da mãe. E quantas vezes nos deparamos com a notícia de pais que espancaram seus filhos até a morte? Os números no Brasil são impressionantes. Negligência e abandono; tortura; trabalho infantil; violência sexual… O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA busca assegurar às crianças e aos adolescentes proteção integral. É, sem dúvida, um marco legal importantíssimo, mas muito longe de ser suficiente. A violência contra a criança exige um esforço de governantes, legisladores e da sociedade como um todo. Um trabalho de educação, repressão, punição e, acima de tudo, uma estrutura de apoio a essas crianças, com cuidados profissionais multidisciplinares. Um outro elemento muito importante, na verdade, fundamental, é cercar essas pequenas vítimas de amor e segurança. As cicatrizes ficarão para sempre e estas crianças precisarão de muito carinho, amor e proteção para terem a chance de superar ou, ao menos, tentar seguir em frente. Não podemos nos omitir. Ninguém pode. É nosso dever denunciar. É nosso dever cuidar das nossas crianças. Elas são a nossa continuação e o futuro!