“Perder para a razão, sempre é ganhar.” (Aldo Novak)
Na minha vida sempre achei melhor ter paz do que razão. Procuro expor minha opinião mas me policio em não impor meu ponto de vista. Tive relacionamentos e amizades, que não duraram muitos verões, em que, seja em papos aleatórios ou discussões, as pessoas só estavam satisfeitas quando achavam que a razão final era delas. Descartes já dizia que não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: todos estão convencidos de que a tem de sobra. Penso que podemos estar certos de algo, embasados, com experiência e vivência, mas se alguém disser o contrário e teimar que tem certeza no que está dizendo e rejeitar nossa fala, devemos nos calar e não prolongar o assunto. Quem quer compartilhar, aprender e ensinar sempre escuta. Quem quer se mostrar, se impor ou ser o centro das atenções nunca desiste de levantar a voz e se achar o rei da razão. Acho que o exercício da empatia está em ouvir o que o próximo tem a dizer sem julgamentos quando algo diverge da nossa realidade. Não precisamos dizer que estamos certos em todos os momentos. Podemos nos abster sempre que o papo não for recíproco. Dessa forma garantimos a paz em discussões sem futuro. Mas por outro lado devemos nos render quando formos vencidos com um bom argumento. “A maior lição da vida é a de que, às vezes, até os tolos têm razão.” (Winston Churchill). Todavia, vale lembrar que a razão, por vezes, precisa ser abandonada depois de uns goles de álcool para que a vida tenha um pouco de emoção.