” Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar”. (Pero Vaz de Caminha)
Na verdade, o Brasil não foi descoberto, já havia habitantes aqui. Houve uma invasão. O Europeu em busca de conquistas já sabia que existiam terras por essas bandas desde que Cristóvão Colombo ” descobriu ” a ” América”, há nos livros de história, uma nítida tendência de glamourização desse ato invasivo e destruidor, aqui em terras tupiniquins, povos possuíam sua cultura, sua identidade, sua igualdade , a história é marcada por destruições causadas por conquistadores, genocídio, exploração sexual e escravidão, aqui não foi diferente. Infelizmente nossa história é marcada por distorções que escondem a realidade e isso trás consequências até os dias de hoje, tratamos a cultura dos povos nativos do Brasil como insignificante, não estudamos, não conhecermos, ignoramos, não nos importamos, ouvimos falar de remarcação de terras, garimpo ilegal, invasão religiosa, mas, a percepção é que estão tão longe que não nos interessa. A falta de conhecimento , de uma educação de qualidade fomenta está visão de exclusão, nem se fala do extermínio indígena durante a ditadura militar, temos uma visão lúdica do ” índio”, uma visão imputada por políticas educacionais excludentes tanto sobre o povo nativo do Brasil, tanto sobre a escravidão dos pretos africanos. Os indígenas possuem uma riqueza cultural, gastronômica e etiológica muito rica, mas não valorizada. Como vamos mudar essa percepção ? Através da inclusão, educação e principalmente, conhecimento, de nada adianta comemorar o dia do indígena e o ” descobrimento do Brasil” se não haver verdade dos fatos, devemos cobrar e exigir esse processo, temos dúvidas impagáveis com esse povo e apesar disso, continuamos a destruir o habitat e acabar com a cultura, deixando religiosos imporem sua fé nesse povo, continuando a destruição.