“Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons”. (Carlos Drummond de Andrade)
Está provado cientificamente que o chocolate é um dos alimentos mais viciantes. A presença de serotonina no chocolate estimula o cérebro, relaxa o corpo e traz uma forma de felicidade. Todo processo de fabricação do chocolate foi modernizado, indústrias empregam milhares de funcionários em todo o planeta, direta e indiretamente tudo isso nos faz pensar que chocolate é fonte de renda para centenas de milhares de famílias. Com isso me pergunto, o que a Páscoa tem haver com chocolate? O que explica a associação entre os símbolos do ovo e do coelho com a celebração da Páscoa, a crença na ressurreição de Jesus Cristo? Uma, dentre as versões que têm sido disseminadas ao longo dos séculos, é a de que, um coelho, teria ficado preso no túmulo onde o corpo de Jesus foi sepultado e, com isso, seria o primeiro ser vivo a testemunhar a ressurreição de Cristo. Por essa razão, ganhou o privilégio de anunciar a boa nova às crianças do mundo inteiro na manhã da Páscoa. O ovo é um símbolo de vida e renascimento. Povos da Antiguidade, como os romanos, propagavam a ideia de que o Universo teria a sugestiva forma oval. Logo, o hábito de presentear uns aos outros com ovos de galinha se formou. Alguns historiadores especulam que essa tradição teria surgido entre os persas. Outros atribuem sua origem aos chineses. Como tudo se atualiza e moderniza, no século XVIII, confeiteiros europeus começaram a tradição de ovos de chocolate. Tudo isso, para chegar no século XXI e termos uma verdadeira fixação por ovos, bombons, barras, colombas, panetones, …, como “símbolos” da páscoa, deixando para trás toda história, tradição e religiosidade.