“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.” (Rubem Alves)
Para que vocês possam compreender o contexto das minhas palavras, preciso, antes, cometer uma pequena indiscrição: tenho 57 anos… Mas porque essa informação faria alguma diferença, afinal? Porque eu tive o privilégio de cursar parte do ensino fundamental (naquela época chamado de 1º grau) em uma boa escola pública, próxima à minha casa! Não tínhamos nenhum luxo – ar condicionado? Nem pensar! Mas as salas de aula eram amplas, claras e arejadas. As carteiras, em perfeito estado de conservação. Um pátio enorme, onde, pela manhã, participávamos do hasteamento da bandeira nacional, em alto estilo. A gente levava isso a sério. Ah, e ainda tinha uma quadra poliesportiva, coberta, para as aulas de educação física, além da cantina e um refeitório. Uniforme era obrigatório e não podia ser customizado. Não tenho lembrança de tempos ociosos, depredação ou professores sem comprometimento. Outro fator muito bacana era a diversidade, com igualdade… Éramos todos iguais, independentemente de onde morávamos ou de nossas origens. E tudo funcionava como deveria funcionar, naturalmente. Foi um tempo feliz. Agradeço por esta experiência e vivência. Então, nesta semana em que se comemora o Dia da Escola, homenageio essa instituição onde estudei e muito aprendi – Escola Pública Afonso Pena, na Tijuca, Rio de Janeiro, desejando que esta volte a ser uma realidade acessível a todos, afinal, sem educação, não há futuro e este é um direito de todos!