2022 fevereiro

PINTURA VIVA

“Uma pintura nem sempre precisa de moldura. Assim é o sítio Roberto Burle Marx” (Leonardo Campos) Tenho dois grandes amigos que são pau para toda obra. Nos aventuramos em algumas histórias juntos e decidimos nos encontrar todas às sextas para caminhar e papear. E em um desses encontros decidimos visitar o sítio Roberto Burle Marx

NOS JARDINS DE BURLE MARX

Pintor, escultor, paisagista que revolucionou conceitos básicos, botânico descobridor de espécies novas de flores, Roberto Burle Marx teve sua consagração internacional definitiva em 1992, na França, por ocasião de um simpósio interdisciplinar consagrado a ele no prestigioso Crestet Centre d’Art – centro de estudos sobre a paisagem e o meio ambiente, presidido pelo sociólogo e

SENSAÇÕES QUE SUPRIMEM A VISÃO

“Um jardim faz-se de luz e sons – as plantas são coadjuvantes.” (Roberto Burle Marx) Sempre tive uma forte ligação com o verde: os bosques, jardins, plantas, … Onde morei sempre havia a felicidade das flores e a harmonia das plantas. Talvez por ter nascido e crescido em Petrópolis? Talvez por jardins, plantas e flores

NAVEGAR

Esse vento dá curso ao meu destino, Enquanto o infinito azul  Mostra a imensidão de possibilidades, De caminhos, escolhas e responsabilidades. As gotas d’água no rosto são respingos de felicidade, Que me acalmam, Pois, no solavanco das ondas, me acompanham as apreensões. A beleza dos golfinhos se mistura ao perigo dos tubarões, Mas a mão

SALVE O MAR!

“Sem o mar a vida não acontece.” (Leonardo Campos) O mar sempre me trouxe um misto de amor, medo e respeito. Adoro água. Gosto muito de ouvir as ondas quebrando e de sentir a brisa do vento que elas formam. Sem contar com a sensação maravilhosa daquele balancinho que só o mar tem. Amo sentar

O VELHO E O MAR

O último romance de Ernest Hemingway publicado em vida, “O velho e o mar” se imortalizou na literatura norte-americana. Depois de anos na profissão, havia 84 dias que o velho pescador – Santiago – não apanhava um único peixe. Por isso já diziam se tratar de um salão, ou seja, um azarento da pior espécie.

SANTA SEREIA

“É dia dois de fevereiro/Quando na beira da praia/Eu vou me abençoar.” (Paulo Pinheiro/Pedro Amorim) E entre cantos e encantos, a rainha de mares, oceanos e rios desfila colares de pérolas, vestimenta azul e negros cabelos, quando é vista saindo das águas. Flores, espelhos, perfumes e bijuterias são presentes ofertados a esta deusa vaidosa, que, segundo a lenda, casou-se com Olofin-Oduduá com quem teve dez filhos que em

SENHORA DOS AFOGADOS

A estreia da atriz Nathalia Timberg (no papel de Dona Eduarda, a mãe) dividiu o público no Teatro Municipal em 1954. Ao final da apresentação, dirigida por Bibi Ferreira, parte da plateia gritava ‘Gênio’ e outra, ‘Tarado’ – o que fez Nelson subir ao palco para chamar de ‘burros’ a segunda metade. A peça foi

ESSE MAR E SUAS SENHORAS

N Sra. nos seja auxílio na travessia furiosa do mar da vida. Nos proteja Inaê. Odaciaba! Odoyá! Quem não é apaixonado pelo mar? A brisa, o som, as ondas, o movimento, o cheiro, … O mar da poesia, dos cânticos, … Mas também o mar dos náufragos, dos tsunamis e dos segredos profundos. “Deus ao mar

PASSADO MODERNO E CONTEMPORÂNEO

Viver nesse grande pasto, Onde mais se faz pelo hábito que pelo pensamento; Esse lugar em que o público não é de todos, Mas de ninguém. Viver nessa savana, Onde reinam cristãos sem empatia, que viram seus rostos, Acreditando que assim se desfaz O bicho homem comedor de detritos. – Canta, Bandeira!  Pois nem sempre