Crônicas envolve um estilo literário que nunca foi considerado grandioso, mas o que pode ser bom sinal, pois as mantêm mais próximas dos leitores, segundo Antônio Cândido. As crônicas foram um vício na época dos jornais impressos e revistas, onde diária ou semanalmente se podia ler sobre assuntos simples, mas de forma um tanto divertida ou sarcástica, na visão de Nelson Rodrigues, Clarice Lispector, Arnaldo Jabor, Apicius, Danuza Leão, Fernando Sabino, Drummond, Afonso Romano, …, e, sem dúvidas, o maior cronista Rubem Braga. Humberto Werneck, com esta coletânea, permite um passeio por esses tantos autores extraordinários que faziam o início de dia de tantas pessoas. “… o público não dispensa a crônica, e o cronista afirma-se cada vez mais como o cafezinho quente seguido de um bom cigarro, que tanto prazer dão depois que se come” (Vinicius de Moraes).