Nenhum movimento artístico-cultural no Brasil teve uma repercussão tão polêmica e duradoura quanto a Semana de Arte Moderna, que ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo em fevereiro de 1922. Duramente atacada pela crítica conservadora, a Semana subverteu os padrões artísticos e literários da época e virou um marco importante de nossa história, tornando-se matéria de reflexão sobre a cultura brasileira. A proposta deste livro é aprofundar essa discussão e levá-la ao grande público. Os autores percorrem de maneira ampla os acontecimentos e bastidores da Semana de 22 e propõem análises inéditas sob vários aspectos. Em 1972, nas comemorações de cinquenta anos do evento, Carlos Drummond de Andrade descreveu aquelas agitadas noites como um “grito no salão bem-comportado”, uma manifestação que seguia viva, ressoando. Outros cinquenta anos se passaram e a Semana chega ao seu centenário mais viva do que nunca – o grito modernista segue ecoando pelos salões e influenciando nossas artes, nossa cultura, nosso pensamento.