“A Festa de Babette” (Babettes Gaestebud) é uma dessas obras-primas do cinema dinamarquês que, vez em quando, vêm e nos tomam, envolvendo todos os nossos sentimentos e permanecendo para sempre em nossa memória. Com direção de Gabriel Axel, e tendo no elenco Stéphane Audran, Bodil Kjer e Birgitte Federspiel, o filme narra uma história sobre compartilhamento. Na Dinamarca, século XIX, Filippa (Bodil Kjer) e Martine (Birgitte Federspiel) são filhas de um rigoroso pastor luterano. Após a morte do religioso surge no vilarejo Babette (Stéphane Audran), uma parisiense que se oferece para ser a cozinheira e faxineira da família. Muitos anos depois, ainda trabalhando na casa, ela recebe a notícia de que ganhou um grande prêmio na loteria e se oferece para preparar um jantar francês em comemoração ao centésimo aniversário do pastor. Os paroquianos, a princípio temerosos, acabam rendendo-se ao banquete de Babette. Babette gasta todo o prêmio no jantar, para, mantendo sua condição econômica, permanecer naquele local em que foi recebida e aceita. No filme, na cena do banquete, há uma velha senhora sentada, que poucos reconhecem ser a sueca Bibi Andersen, recém falecida e um uma das mais belas mulheres e ícone sexual nos anos 50/60. Ademais, o figurino é de Karl Lagerfeld.