“Filhos não são uma distração que nos impede de fazer um trabalho importante. Eles são o trabalho importante.” (C.S. Lewis Anderson)
Ao chegar à época do Natal, logo, nosso cérebro nos remete a presentes, momentos de reconciliação, pedidos de perdão, encontros familiares e casa cheia com muita euforia. Talvez o verdadeiro significado do Natal já se perdeu para a maioria das pessoas, prevalecendo o consumismo ao abraço. O nascimento daquele que dividiu a histórica entre A.C. (antes de Cristo) e D.C (depois de Cristo) deve ser a verdadeira motivação para nossa comemoração. Entretanto, para que nossa história fosse dividida literalmente entre antes de Jesus e depois dele, foi necessário que algumas pessoas aceitassem a missão de serem os responsáveis pelo acolhimento, cuidado e criação deste que se fez carne. Não tenho dúvidas de que, se José e Maria não tivessem aceitado esse desafio, outras pessoas seriam escolhidas, mas quero focar aqui na escolha, resposta e comportamento da mãe de Jesus, Maria – a “mui graciada”, como está na Bíblia Sagrada. Aos olhos de Deus, ela alcançou graça, ela foi condecorada, ela tinha características que outras não tinham, portanto, existiam concorrentes para gerar no ventre o Salvador, mas ela se destacava e recebeu a seguinte proposta que consta em Lucas 1:30-33: “Mas o anjo lhe revelou: “Maria, não temas; pois recebeste grande graça da parte de Deus. Eis que engravidarás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Ele será Grande, e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e Ele reinará para sempre sobre o povo de Jacó, e seu Reino nunca terá fim” (Versão KJA). Quando temos intimidade com Deus, não recuamos perante os desafios que Ele nos apresenta, pelo contrário, entendemos que é um privilégio ser comissionado para fazer o que Ele nos pede. Percebam a resposta de Maria em Lucas 1:38: “Diante disso, declarou Maria: “Eis aqui a serva do Senhor; que se realize em mim tudo conforme a tua palavra!” Em seguida o anjo partiu.” (Versão KJA). Através dessa resposta iniciava-se o plano de retomada global do projeto original que Deus havia confiado a Adão. Vocês conseguem enxergar o tamanho da responsabilidade que Maria acabava de assumir sozinha? Lembrem-se, José não participou dessa decisão, ele só foi comunicado. Quanta ousadia, coragem, fidelidade e amor ao Criador foi demonstrado por essa jovem. Ela entendeu o Seu chamado, mesmo que com Ele, fossem anunciados momentos difíceis, como citado em Lucas 2: 35: “Quanto a ti, todavia, uma espada traspassará a tua alma” (Versão KJA). Muitos, atualmente, não descobrem seu chamado, pelo fato de falarem o tempo todo e não gastarem tempo ouvindo e meditando em boas leituras, bons vídeos, totalmente disponíveis com o advento da internet. Querem sempre ter a razão e nunca se submeterem. O egoísmo está à flor da pele em nosso cotidiano. Tudo é pelo “EU”. Se “EU” me der bem, está tudo certo. O coletivo, a cada dia, vai perdendo valor e com isso o amor não é mais semeado. No final dos tempos, ou seja, antes do retorno de Jesus, a Bíblia Sagrada diz em Mateus 24:12: “E, por causa da multiplicação da maldade, o amor da maioria das pessoas se esfriará.” (Versão KJA). Que neste tempo de Natal, você consiga encontrar seu verdadeiro chamado, assim como Maria encontrou e ser um exemplo como ela foi semeando o amor. Vivemos em um sistema político democrático, onde dificilmente entendemos os direitos e deveres do sistema do Reino (celestial), mas ao entendê-los e praticá-los, nosso coração é preenchido de paz, alegria e prosperidade. Feliz Natal!
Autoria: Anderson Romanischen
Autores citados: C.S. Lewis Anderson, Evangelistas Matheus e Lucas