“O ser humano tem muito mais desejos que necessidades” (Johann Goethe)
Desejo… Tema difícil esse. Imediatamente me faz lembrar da música dos Titãs – “Desejo, necessidade, vontade”. Tudo junto e misturado. E ainda temos a polêmica sobre amor e desejo. A verdade é que o ser humano é naturalmente movido por desejos. O que ele não tem, ele quer. O consumismo é uma forma de desejo. Neste sentido, não posso discordar de Goethe. Via de regra, temos muito mais do que precisamos… E, mesmo assim, estamos sempre desejando mais e mais. Tipo aquela música do Noca da Portela e Tião de Miracema – “É preciso muito amor” – “É preciso muito amor para suportar essa mulher, Tudo o que ela vê numa vitrine ela quer, Tudo que ela quer tenho que dar sem reclamar”… E olha que essa música é bem antiga! Pois bem, voltamos ao trinômio necessidade/vontade/desejo, exatamente como nos cantam os Titãs…Um clássico! Não bastasse isso, temos ainda o desejo carnal e a confusão entre desejo e amor. Essa trinomia, aliás, é muito cantada em verso e prosa. Luís Fernando Veríssimo diz que “a paixão queima, o amor enlouquece e o desejo trai”. Confuso? Talvez… Mas a verdade é que o desejo pode se manifestar de muitas maneiras, afinal, o ser humano é muito complexo. Particularmente, eu desejo as coisas mais simples da vida: amor (em todas as suas formas); amigos; saúde; risadas e alegrias. E sou tão afortunada, que eu tenho tudo isso! E tive, ainda, o grande amor da minha vida, e filhos, frutos deste amor especial e verdadeiro. Enfim, desejos, independente de sua natureza, são pessoais e intransferíveis e cada um tem os seus. Como desejos materiais não me enchem os olhos, fico com o desejo de amor pela vida! Simples assim. Mas, romântica que sou, termino com as palavras de Frejat, na música (genial) “Amor pra recomeçar”, destacando a seguinte parte:
“Desejo, que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor pra recomeçar”
Autora: Márcia Siqueira
Autores citados: Johann Goethe; Titãs; Noca da Portela; Tião de Miracema; Luis Fernando Veríssimo; Frejat