“A esperança não será a prova de um sentido oculto da existência, uma coisa que merece que se lute por ela?” (Ernesto Sabato)
Outro dia, assistia um programa de TV, onde se dá uma competição entre chefes de cozinha. A um dos participantes foi perguntado porque ele gostaria de se sagrar vencedor. E ele disse que seria uma forma de provar sua capacidade e sucesso a um professor da escola de culinária, que previu-lhe inaptidão e fracasso. E ele ganhou a competição. Um dos jurados da competição então mencionou a vitória do ódio motivacional. Naquele momento me vieram à mente diversas situações em que tentaram me desqualificar, para que eu desistisse dos meus sonhos e propósitos, ou em que tentaram me frear no meu caminho. E tive um alívio, ao perceber que, poucas vezes, sucumbi. Realmente, há situações assim em que você odeia seu detrator. E aqui surge um problema, pois a sua persistência, luta e vitória têm que ser pelo seu sonho e não simplesmente para desdizer seu detrator. Se seu sonho mudou, mude seu trajeto, se readeque. Se seu sonho persiste, corra atrás. A motivação não pode vir do ódio, mas do desejo de conquistar, de realizar, de ser, de alcançar,… E isso, na maioria das vezes, só depende de você. Hermann Hesse dizia que “nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. … Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.”. Não por outra razão, comemoro quando meus amigos alcançam algo pelo que lutaram. Quero com eles comemorar! Essas vitórias são provas de aperfeiçoamento. “Existe apenas um canto do universo que você pode ter certeza de aperfeiçoar, que é você mesmo.” (Aldous Huxley). Os amigos devem fortalecer a motivação e devem comemorar as respectivas vitórias. Esse é um sinal inigualável de amizade. Quem não apoia você, quem joga contra você, quem gera-lhe desânimo não é seu amigo. A amizade deve ser uma forma de motivação. Eu torço, apoio e comemoro as vitórias dos meus amigos. Sou bonzinho? Não! Talvez eu esteja sendo até um pouco egoísta, pois sei que, quando meus amigos estão felizes, eles me fazem feliz. Em regra, não gosto de livros motivacionais, principalmente daqueles que garantem que, com um determinado número de “passos”, você estará empregado, rico, casado, … Lembro de uma artista plástica que disse que as experiências dos outros só servem para eles mesmos. Concordo! Na lição de Confúcio: “Cada um faz o seu caminho e gera a sua experiência. A experiência é uma lanterna dependurada nas costas que apenas ilumina o caminho já percorrido.”. Esteja sempre motivado, pois isso permite que você persista e não esmoreça. Cerque-se de quem quer ver você bem e lhe motive mais. Você tem um sonho? Ele depende da sua escalada. “Você ganha força, coragem e confiança através de cada experiência em que você realmente para e encara o medo de frente.” (Eleanor Roosevelt) A vida boa exige motivação para vencer, mas sem se afastar da empatia, da humildade, da moral e da ética. Não gosto de quem reclama da vida sem ter o pudor de enxergar que há tanta gente que vem atrás, na fila das necessidades, dores e infelicidades. A motivação não pode ser egoísta. Ela deve buscar seu sucesso sem esquecer de apoiar o sucesso dos outros em uma grande corrente de melhoria para todos. E, pela motivação, visar o bem! Certamente a motivação não pode advir do ódio. Gosto de um texto de Augusto Cury em que ele faz quase uma oração em forma de poema: “Desejo que você/Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la./Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes./Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo./Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la./Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência./Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina,/Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas./Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama.”. Esse é meu desejo para você hoje… e amanhã … e depois.