“O certo e o errado são apenas modos diferentes de entender nossa relação com os outros.” (José Saramago)
Querem saber? Gosto de sair, encontrar os amigos, jogar conversa fora tomando um chopinho… Mas eu também adoro ficar em casa, receber os amigos e a família, ver uma boa série, ouvir música e cuidar das minhas plantas. Meu dia-a-dia, na verdade, é bem simples. Sou profissional liberal e por isso, parte do meu trabalho é desenvolvido em casa, juntamente com as atividades domésticas. Só que, em tudo e para tudo, eu conto com uma ajuda extra muito especial; meu filho Douglas, que mora comigo. Ele é meu filho amado e querido, claro! E muito mais… Nossa relação foi construída (e se renova) em bases sólidas de amor, amizade, sinceridade, companheirismo, cumplicidade. E funciona muito bem! Ele é meu melhor amigo e torna a minha vida muito mais fácil e divertida. Juntos, a gente arruma a casa, prepara a comida, lava a louça, assiste partidas de futebol, bebe, ri e se diverte muito… Um “casamento” perfeito. Basta um olhar e um já sabe o que o outro está pensando ou sentindo. Quando estou preocupada ou triste, tenho o impulso de varrer a casa – loucura, né? – e, nestas horas, ele, carinhosamente, vem e tira a vassoura da minha mão, me abraça e fica comigo até eu me acalmar. Não tem preço! Conversamos sobre tudo, sem filtros ou barreiras. A relação mãe e filho foi um presente do destino, mas nós escolhemos ser, também e principalmente, amigos. Genial! Amo plantas e meus amigos queridos volta e meia me presenteiam com alguns vasinhos. O Douglas diz que nossa varanda é quase uma floresta e quando chego com uma nova espécie, ele faz uma careta engraçada, e diz que eu sou a maluca das plantas… Assim, a gente vai levando o dia-a-dia, com uma pegada de bom humor e otimismo, jogando juntos em todas as posições. Ah, outra coisa bem especial neste cotidiano que, prazerosamente, estabelecemos para nós, são as mensagens carinhosas que deixamos em bilhetinhos carinhosos um para o outro, desde um simples “bom dia” e “eu te amo” a lindas declarações em datas comemorativas. Aliás, abraços, beijos, sorrisos, risadas permeiam nossos dias, independentemente de quão atarefados estejamos. Mas não pensem que é fácil! Trata-se de uma construção diária… E também temos nossos momentos (poucos, na verdade) de mau humor e recolhimento, devidamente respeitados, apenas com aquela sinalização (que nem seria preciso) de que “eu estou aqui, se precisar”. Há quem não veja com bons olhos essa relação franca e aberta com os filhos. Não me importo. A vida vem me mostrando que fizemos uma boa escolha! E não vai aqui nenhuma pretensão de verdade absoluta (porque ela não existe!) ou mesmo sugestão. Funciona para a gente e ponto final! E enquanto for bom para nós dois, assim vai permanecer… Afinal, como diz o dito popular: “o combinado não sai caro”!