“Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade” (William Shakespeare)
Quando nascemos, somos naturalmente puros e sem pecado. Mas, conforme vamos crescendo, tudo se complica. O ser humano é muito complexo… E a vida, também, nos coloca em xeque por diversas vezes. Pois bem, eu sigo minha trajetória de vida, professando a religião católica, buscando seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e tentando, a todo custo, ser uma boa pessoa e fazer o bem. Parece ladainha, mas não é, e eu levo isso muito a sério. Voltaire dizia que, se o homem fosse perfeito, seria Deus. Para mim, só Deus é perfeito, mas cabe, a quem acredita, se aproximar, o quanto puder, pois, Ele fez o homem à Sua imagem e semelhança. A verdade é que o caminho é longo e tortuoso, mas o que realmente vale é tentar e nunca desistir. Somos pecadores por natureza e quando falamos em pecado, normalmente nos vem à mente, os sete pecados capitais – gula, soberba, avareza, inveja, ira, luxúria e a preguiça. Mas existem outros tantos, de acordo com a crença pessoal e religiosa de cada um. E mesmo esses 7, podem se desdobrar em mais alguns. Falando apenas por mim, todo dia, mesmo sem querer, eu acabo cometendo um pecado ou outro. Normalmente, sem grandes repercussões ou gravidade. Ainda assim, não deixam de ser pequenos pecados… A gula, por exemplo, é um deles, quando abro uma caixa de bombom e, ao invés de comer um só, devoro a caixa toda! Isso não me preocupa. Às vezes penso ou desejo algo que não tenho, mas nunca pensando ou desejando isso em detrimento de outra pessoa. Se assim fosse, eu estaria sendo invejosa e, definitivamente, não quero ser assim. Então, penso que podemos até ter pensamentos ou atitudes ruins ou reprováveis, mas temos que lutar contra elas. Neste sentido, entendo que o maior pecado, resumidamente, está na maldade. Sim, essa erva daninha pode se manifestar sob diversas formas e sempre causa estrago e dor. E aqui, me permito uma divagação muito pessoal, pois quando penso na maldade, imediatamente associo a sua ausência total a um cachorro (só quem tem ou já teve vai me entender), cujo amor e dedicação estão além da nossa compreensão… Certa vez, o escritor Milan Kundera disse “Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento ….”. Voltemos, então, à maldade. Através dela, ou em seu nome, muitos pecados são cometidos, intencionalmente, e em regra, direcionados a prejudicar alguém. A soberba e a inveja são, ao meu ver, formas de se praticar o mal. Pensando desta forma, a maldade é um pecado que não tem fim ou forma. Não importa qual seja a sua religião ou crença, a maldade certamente não faz parte dela. Certa vez, o Papa Francisco disse “As lágrimas mais amargas são aquelas provocadas pela maldade humana”. Concordo plenamente. Então, é isso. A maldade é, para mim, o pior dos pecados, e que leva a tantos outros. Esse pecado não me pertence! E quanto aos outros, continuo seguindo em busca do meu aperfeiçoamento e evolução como pessoa, trilhando, sempre, o caminho do bem, não sem alguns percalços, mas certamente, sem maldade em minhas atitudes e em meu coração. E isso é o que mais me aproxima de Deus!
Autoria: Márcia Siqueira
Autores citados: William Skakespeare, Voltaire, Milan Kundera, Papa Francisco