Claudio Said trata de vaidade de forma primorosa em um cenário inesperado. Virgulino Lampião é o personagem central das memórias de um velho padre do interior da Paraíba. Quando uma reportagem da Folha de São Paulo levanta a suspeita de Lampião ter vivido até 1993 em Minas Gerais, o narrador relata seu encontro com o Rei do Cangaço, revelando detalhes da vida e do caráter. E uma carta de Lampião, recebida há quase sessenta anos, é a sua última chance de encontrar respostas para alguns mistérios que circundam a história do cangaceiro. Personagens e relatos, como os contados nos versos de Zé Limeira, dão vida ao enredo envolvente de Vaidade, poeira e vento, numa cativante mistura de ficção e realidade. Aliás, para quem não conhece “O Poeta do Absurdo” e outros repentistas, eis aqui uma boa oportunidade! E para quem não entende Lampião, este é um convite a uma verdadeira viagem ao coração do controverso bandido, que dividiu opiniões no nordeste do Brasil.