“A vida é maravilhosa se não se tem medo dela.” (Charles Chaplin)
No dicionário aparecem inúmeros significados para a palavra medo, porém o primeiro deles é “estado emocional provocado pela consciência que se tem diante do perigo”. Indaguei-me sobre o que significaria sentir medo. Em quantas vezes pensamos em estar em uma situação de perigo sem realmente estarmos? Quantas vezes somos enganados pelas nossas emoções. Desde pequena sempre quis aprender a nadar, mas por algum motivo sempre tive medo de estar em uma piscina. No final do ano passado, conheci a praia pela primeira vez e decidi que daria um mergulho; tinha plena certeza que seria um desafio; eu mal entrava em uma simples piscina quanto mais pular no mar, … parecia a loucura mais certa da vida. Obviamente, quando chegou a hora eu travei, não conseguia me mexer e pular no mar. E eu tinha dois caminhos a trilhar: pular no mar ou não pular no mar; cada um deles me levaria em uma direção diferente: em um eu me sentiria forte, capaz e no outro, eu sabia que iria me arrepender. Eu pulei no mar. Coragem não é a ausência do medo, é saber que mesmo com medo, você é capaz. Claro que se eu não tivesse pulado, nada me impediria de pular em uma outra vez quando estivesse preparada, mas já seria outra situação. Vi um vídeo no youtube que chama “Uma curta história budista sobre o medo.”, na história, o jovem budista fica de frente com seu medo e deve enfrentá-lo, em resumo, ele questiona o medo, de como é possível vencê-lo, e o medo lhe responde que basta não escutá-lo que ele perderá sua força. Jota Quest em uma de suas músicas diz: “Ei, medo! Eu não te escuto mais/ Você não me leva a nada”. A verdade é que todos nós sentimos medo, mas o que importa é o que decidimos fazer com ele, que escolha tomamos. A vida é feita das escolhas que fazemos, dos caminhos que decidimos escolher, mas a cada escolha que fazemos deixamos algo para trás, então por que não deixarmos as coisas ruins? Por que não dizer adeus a todas as vezes que não fez algo por medo? Diga adeus a todas as vezes que não se sentiu suficiente por ter medo de fazer algo, diga adeus a todos os sentimentos de impotência; deixe todo o sentimento ruim para trás, guarde somente a aprendizagem e jogue fora o resto. Não deixe o medo te impedir de realizar os seus sonhos, a vida é curta demais para ficar tendo medos que te puxam para trás. Camila Zen é quem conta a história do curta do jovem budista sobre o medo, ela diz algo extremamente reflexivo no vídeo; ela diz que quando tudo desmoronar e sentirmos medo, ao invés de nos sentirmos sem saída, devemo-nos sentir uma pessoa de sorte, pois é só quando sentimos medo que sentimos a oportunidade de ter coragem para crescer. E se tem uma coisa que dá medo é crescer e entender os infortúnios que a vida tem. Todos sentimos medo de algo, mas podemos decidir, escolher do que vamos sentir medo. Na vida, as coisas têm a importância que damos a elas; a menos que seu medo seja completamente racional, como: ter medo de altura porque pode cair e morrer, não deixe o medo te parar. Faça, faça com medo mesmo, faça de modo imperfeito, mas faça; pule no mar. Uma citação que me faz refletir sobre como não quero deixar o medo me paralisar é do filme “Comer, rezar e amar”, quando Elizabeth Gilbert fala: “Se você tem a coragem de deixar para trás tudo que lhe é familiar e confortável (…) então a verdade não lhe será negada”. Não quero ter nenhuma verdade negada a mim por medo, quero viver a vida plenamente, recebendo tudo que ela tem a oferecer, pois quando estiver no fim e finalmente olhar para trás, tudo terá valido a pena.
Autora: Brenda Freitas
Autores citados: Charles Chaplin, Jota Quest, Camila Zen, Elizabeth Gilbert