“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.” (William Shakespeare)
O medo é um sentimento que nos assombra, do nascimento à morte. Enquanto estamos lá, chorando após a palmada do médico, o medo domina a cabeça dos pais, dos familiares. Será que darão conta de cuidar daquele bebê tão pequeno e frágil? O medo é até capaz de destruir, mas é a força motriz por trás de muita construção psicológica. Somos forjados pelo medo; ele é assustador, não se engane, mas também é capaz de trazer à tona uma força que não conhecíamos. O ser humano pode ser muito reativo ao medo, principalmente ao medo da morte. Esse é o maior medo que nos acompanha durante a vida, e talvez o principal responsável pelo instinto de sobrevivência que carregamos desde pequenos. Hoje, convivemos com novos medos, medos, que não imaginávamos ter: medo de um vírus letal e invisível; medo de ser quem se é de verdade; medo da intolerância racial e religiosa; medo dos extremistas, dos canalhas e dos covardes. Nascemos livres, mas o ódio nos coloca em prisões de medo, que para muitos, se transformam em ansiedade e depressão. O medo causa pânico, e para alguns, o que deveria se transformar em força, vira a maior das fraquezas, que em muitos casos, custa a vida! Seja você o antagonista do medo. É necessário e genuíno sentir o medo, para que dele você consiga extrair a sua força interior, para enfrentar e poder olhar a vida com coragem e vigor; para seguir em frente. Vá e vença essa luta! E se der medo, vá com ele do lado, afinal, o que seriam dos super-heróis sem os vilões? Nas palavras de Chaplin, “a vida é maravilhosa se não se tem medo dela”.