“Não corra atrás das borboletas; plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas virão até ela.” (D. Elhers)
Quando eu era criança, tinha uma planta que floria no meu quintal e eu era apaixonado por ela. Vivia brincando com suas sementes depois que as flores secavam. Não me pergunte o nome porque até hoje eu não sei. Só sei que me fazia bem olhar para ela. Com o passar do tempo, saí de casa, casei, separei, casei de novo (e prometi não casar mais) e acabei voltando a morar na casa da minha mãe novamente. Nesse meu retorno, o quintal já não estava mais tão florido quanto antes. Minha mãe teve um cachorro, já falecido, que comia as plantas e cavava em todos os canteiros. Senti falta daquele quintal cheio de borboletas. Agora, não só por minha causa, mas também por isso, começamos a cultivar novamente diversas plantas. Me sinto novamente animado com a possibilidade de ver tudo florido mais uma vez. E sinto minha mãe empolgada também. Eu costumo fazer trilha e pedalar pela região onde moro. Vez ou outra trago uma muda ou uma semente de alguma planta que acho bonita pelo caminho (mesmo sem saber do nome) ou que algum amigo que está junto de mim me recomenda levar. E em uma dessas andanças quem encontro? Aquela linda planta. Tem uma rua em um dos caminhos que faço de bicicleta que é cheia dela. E os pés vivem floridos. Meu sorriso abriu de canto a canto quando vi. Acho que ela pode ser um mato, mas é um mato que eu adoro! Imediatamente comecei a colher as sementes para ver se ela pega novamente no meu quintal. Só que toda vez que chego em casa estou com menos sementes do que colhi. Ou o bolso da bermuda estava furado no dia, ou acabaram caindo ao tirar algo do bolso, ou o bolso estava cheio e não cabia a quantidade que eu colhia e acabavam caindo pelo caminho, e por aí vai. A culpa era sempre do bolso da bermuda. Acabei percebendo uma certa dificuldade de conseguir tê-la novamente no meu quintal. Conversando com um amigo, ele disse que uma planta só nasce, ou pega, na casa que precisa dela. Acredito nisso. Questão de energia. E por isso mesmo não desisto. Vai que um dia acabo precisando e ela pega. Ou acabo cansando a paciência dela e ela se rende, vindo a florir novamente meu jardim e trazendo de volta as borboletas. Enquanto isso, vou espalhando sementes e florindo todos os caminhos que percorro. Ah plantinha querida, gosto tanto de você!
LEONARDO ,esta sua plantinha já tem semente germinada em sua alma,por isso hoje os caminhos percorridos por você é que as têm…. .fiquei imaginando ,e a cor da imaginação são flores amarelas……lindo texto,nos faz imaginar caminhos floridos..
LEONARDO ,esta sua plantinha já tem semente germinada em sua alma,por isso hoje os caminhos percorridos por você é que as têm…. .fiquei imaginando ,e a cor da imaginação são flores amarelas……lindo texto,nos faz imaginar caminhos floridos..
Waldir, obrigado por sua participação! O autor ficará imensamente feliz com o seu comentário!